terça-feira, 10 de julho de 2018

No Campeonato Carioca da 2ª Divisão, o time ser da cidade do Rio de Janeiro não que dizer que vá jogar na cidade do Rio de Janeiro.


                Em 2018, 20 clubes participam do Campeonato Carioca da 2ª Divisão, oficialmente denominada Série B1. Destes, 6 agremiações, em tese, são da capital, a cidade do Rio de Janeiro. Isto porque, consultado o sítio da Federação de Futebol do Rio, os clubes têm sede nos bairros da capital: América (Tijuca), Barcelona (Jacarepagua/Taquara), Barra da Tijuca (idem), Bonsucesso (idem), Olaria (idem) e Santa Cruz (na vizinha, Campo Grande).

                Ocorre que, na prática, ser do Rio de Janeiro, não significa jogar no Rio de Janeiro.

No primeiro turno do Campeonato Carioca (Taça Santos Dumont), divididos em dois grupos de dez, os clubes enfrentaram aqueles do próprio grupo, fazendo nove jogos, com isto, houve quem tivesse cinco ou quatro jogos como mandante.

>             O América, cuja sede já foi na Tijuca, hoje, tem casa própria na cidade de Mesquita, o Estádio Giulite Coutinho, onde mandou todos os seus quatro jogos.

>             O Barcelona, de Jacarepaguá, não tem sede. Dos quatro jogos, mandou dois no Estádio Nivaldo Pereira, em Nova Iguaçu; e, um no Estádio Antônio Mourão Vieira Filho (Rua Bariri), em Olaria e outro no Estádio de Los Lários, no distrito de Xerém, em Duque de Caxias.

>             O Barra da Tijuca mandou os quatro jogos no Estádio Aniceto Moscoso (Conselheiro Galvão), em Madureira.

>             O Bonsucesso, que tem campo próprio, mas não liberado, mandou os cincos jogos no Estádio Proletário Guilherme da Silveira (Moça Bonita), em Bangu.

>             O Olaria, também tem campo próprio, mas não jogou sempre em casa. Mandou no dois no Estádio Marrentão, em Duque de Caxias, e outro três últimos em casa na Rua Bariri.

>             O Santa Cruz, assim como Barcelona e Barra da Tijuca, sem campo próprio, mandou dois jogos em Olaria, no Rio de Janeiro, dois no Estádio Marrentão, em Duque de Caxias e um no Estádio Joaquim Flores, em Nilópolis.

                Logo, vê-se que dos vinte e sete jogos envolvendo equipes da cidade do Rio, apenas 15 foram efetivamente jogados no Rio de Janeiro (55%), sendo que, tão somente Barra da Tijuca e Bonsucesso jogaram todos os jogos na cidade, e o América, nenhum.

                Por outro lado, o Audax Rio, de São João de Meriti, mandou todos os cinco jogos no Estádio Proletário Guilherme da Silveira (Moça Bonita), em Bangu.

                Desta análise, percebe-se que, na realidade, a partir da sede dos clubes, apesar da diversidade de representativa geográfica dos times, há uma limitação dos campos de prática de futebol na cidade do Rio de Janeiro.

                Foram utilizados apenas três Estádios, que, todavia, testemunharam 20 jogos: (i) Estádio Proletário Guilherme da Silveira (Moça Bonita), em Bangu (dez jogos – Audax Rio e Bonsucesso); (ii) Estádio Antônio Mourão Vieira Filho (Rua Bariri), em Olaria (seis jogos – Olaria, Santa Cruz e Barcelona); e, (iii) Aniceto Moscoso (Conselheiro Galvão), em Madureira (quatro jogos – Barra da Tijuca). Isto representa 20 dentre as 90 partidas disputadas no turno regular (22%).

                No campo, apenas o América se classificou para as semifinais, sendo eliminado (1x2), em jogo único, fora de casa, pelo Tigres do Brasil, no Estádio de Los Lários, em Duque de Caxias. Do ponto de vista carioca, o principal clássico da primeira fase foi Olaria e Bonsucesso (1x1) jogado de forma completamente esvaziada, inexplicavelmente, numa quarta-feira, dez da manhã, no Estádio Marrentão, em Duque de Caxias.

                No próximo fim de semana, nos dia 14 e 15 julho, começa o segundo turno do Campeonato Carioca (Taça Corcovado). O Barra da Tijuca continua em Madureira, e joga sábado (14), às 15h contra o Olaria. Em outro clássico carioca, o Santa Cruz, recebe na Rua Bariri (Olaria), no mesmo dia e horário, o Bonsucesso. No mesmo lugar, mas no domingo (15), às 15h, o Barcelona manda a partida contra o São Gonçalo EC. No sábado (14), às 15h, o América, que joga em Mesquita, recebe o Friburguense.

domingo, 9 de junho de 2013

Gastronomia: CT Brasserie (Fashion Mall)

Aniversário em casa, tempo de ir a um lugar diferente, para mim ao menos. Um lugar com grife da marca Claude Troisgros: CT Brasserie, no Fashion Mall, o primo pobre da rede. E, que ainda assim, tem a cerveja Bamberg, de Votorantim (SP), a R$19,00 a long neck. Experimentei duas München e a Rauchbier, ambas marcantes, a segunda com forte presença do defumado. Ainda prefiro uma do Vale do Itajaí (SC), a nata das cervejarias brasileiras. Enquanto esperávamos comíamos o couvert (R$15,00) uma cesta de pães com patê de atum, manteiga e um cremoso queijo de cabra. Pedi o CT Burger (R$36,00), servido um pequeno e alto sanduíche, com carne deliciosa e pão não crocante por não ser torrada, mas num patamar limiar muito harmônico ao sanduíche. A salada era basicamente alface. O que não faz jus ao nome salada, nem a preencher o prato. Soa um ingrediente perdido fora do pão. Não gostei da opção da casa por finas batatas fritas. Mais fácil acertar na crocância, enquanto, por outro lado, fica seca. Em suma, gostei do sanduíche, e modificaria as batatas, acrescentando um queijo, palmito ou outro vegetal à salada. À marca Troisgros fica a expectativa do preço, e a falta de um quê a mais na mesa.

Gastronomia: La Mole (Botafogo, Ed. Argentina)

É maior que a cerimônia sugere, e menor que a habitualidade presume, mas, quase todo final de semana almoço com minha avó em algum restaurante nos arredores do Flamengo. Desta vez, andando de carro, lembrei um tradicional restaurante que a nós há tempos estava distante, o La Mole, em Botafogo, no Edifício Argentina. O ambiente agradável tinha o ar condicionado forte, até para mim que não gosto de reclamar de frio. Sem delongas pedimos um medalhão com arroz à piamontese e batatas fritas (R$57,90) para dois. Logo nos foi servido uma cortesia de cesta de pães oriundas do famoso couvert da casa. Gosto muito das torradinhas com queijo, e minha avó, da pizza branca. Considerando a inesperada entrada, o prato veio no tamanho certo para um almoço sem sobressaltos. Creio que a carne deveria ser servida mais quente. As batatas fritas e o arroz à piamontese estavam satisfatórios. Um almoço agradável que vestiu bem o que se esperava de uma ida ao La Mole, que continuará no roteiro familiar.

Gastronomia: Mc Donald's (Av Rio Branco)

Já batia as 19h00 de sexta-feira quando sem ter almoçado me enfronhei na fila do Mc Donald's na Avenida Rio Branco. Bem verdade que minha primeira opção seria o Burger King rapidamente derrubada pela volumosa fila formada. Na loja dos Arcos Dourados fazer o pedido foi em tempo razoável, a entrega do pedido, entretanto, pela quantidade reduzida de funcionários, foi bem lenta. Homofobias à parte, chamou atenção um gerente da loja, pelos trejeitos característicos e por falar em voz alta, ganhou brincadeiras sussurradas dos clientes que pacientemente esperavam. Não fosse já ter pago, teria desistido da refeição à americana.

Pedi o clássico dos clássicos, o Trio Big Mac, com batata frita e refrigerante grandes (R$20,00). Lá, o salão fica no segundo andar, já estava acomodado quando experimentei as batatas. Estavam quase murchas. Não fosse a longa espera, a fome maior tempero de quem não comeu o dia inteiro, certamente teria pedido para trocar. Não sei como se avalia um Big Mac, tendo em vista a mecânica da montagem, posso dizer que não foi o melhor nem o pior deles. De qualquer maneira, a impressão que fica é que mesmo considerando a fila que assustou num primeiro momento, o Burger King teria sido melhor.

sábado, 25 de agosto de 2012

Angu do Gomes


Em tempos idos, onde a variedade às mesas cariocas não rendia a fartura de artigos gastronômicos aos periódicos, comer fora era uma atividade simples. Nascido nas barraquinhas de rua, e assim popularizado, o Angu do Gomes virou lenda da baixa gastronomia. Aos ouvidos atuais, a história se perde entre os altos e baixos do aventureiro, que hoje se hospeda num pequeno e simpático restaurante na zona portuária, a coqueluche da prefeitura para o Rio 2016. Assim como todo o entorno, a praça, na rua sacadura cabral, onde fica o restaurante está em obras.

Sem conhecer, pensei que qualquer cidadão que sentasse naquelas mesas iria para comer angu. Ledo engado. Dos que vi, o meu era o único prato. De antemão fui com o pedido na ponta da língua, o Angu de carne de soja com ricota (Vegetariano) – R$11,00. Ao meu redor, uma horda de funcionários em horário de almoço pedia pratos mais sofisticados, alguns regados com cervejas mais elaboradas.

E assim veio numa travessa rasa sob o prato de alumínio o meu pedido. Ao primeiro olhar, para quem nunca comeu angu, era um mingau com ares de escondidinho, visto o recheio ao fundo. A temperatura da comida era refletida pela fumaça que saia do recipiente. Não gosto de nada muito quente: chocolate, café, chá e afins. Fui um balde de água fria. Não houve tempero que justificasse uma fama além da do pioneirismo na venda. Tradição que leva o local anualmente a participar do festival Comida de Buteco.

O Angu do Gomes é parte da história da informal cultura do Rio de Janeiro. O fato de o meu ser o único Angu à mesa, é reflexo que hoje o lugar é guardião desta história, mas é acima de tudo apenas um restaurante com comidas diversas, em que o Angu é trunfo de uma história, que como toda história, é parte do passado.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

O Flamengo que se vê na final da Libertadores 2012


Neste ano de 2012, no qual o Flamengo passa por mais uma de suas intermináveis crises – jogadores estrelas, altos e atrasados salários, um elenco com entrosamento zero, treinadores demitidos – tem destaque negativo a pífia campanha na Libertadores da América. A eliminação ainda na fase de grupos, se iguala ao pior desempenho de 2002, com a diferença que este grupo é muito caro que os três adversários juntos e tinha condições de ir mais adiante.

Neste mesmo torneio, o Corinthians chega a primeira final de sua história. Tem pinta de favorito, mesmo considerando que é o Boca Juniors, do outro lado, e o time joga bem, convence a quem o vê em campo. Vide a vitória sobre o Santos, atual campeão da América, de Neymar e cia, que pouco ameaçou os paulistanos na semifinal.

E, no atual elenco do Corinthians, podemos ver o Flamengo de anos recentes. Dos 14 que atuaram na primeira final contra o Boca, em Buenos Aires, três jogaram no rubro-negro: Alessandro, Liédson e Emérson.

O lateral-direito Alessandro é cria da Gávea, onde começou em 1997, e só saiu em 2003, após 142 jogos e 9 gols. Saiu porque faltava ao Flamengo planejamento sobre o elenco. Foi emprestado ao Palmeiras, e nunca mais voltou. Foi tricampeão carioca (1999,2000,2001) e da Copa dos Campeões (2001).

O atacante Liédson tem boa e rápida passagem pelo time em 2002, onde jogou ao lado de Alessandro em 18 jogos. Foram 15 gols em 29 jogos, e uma excelente média de 0,51 gol por partida. Saiu pela porta dos fundos, alegando que o Flamengo lhe devia dinheiro. Foi para a primeira passagem no Corinthians, de onde partiu para fazer a vida em Portugal.

O atacante Emérson surgiu do nada em 2009. Tinha feito a vida no Japão e no Oriente Médio. Era o sheik. Veio porque queria jogar no time do coração. Em pouco tempo conquistou a torcida. Foi campeão carioca e brasileiro em 2009. Fez 11 gols em 26 jogos. Foi comprado pelos árabes do Al-Ain, de Dubai, por 17 milhões de dólares.

Os três saíram por motivos diferentes. Certamente teriam seu espaço no elenco atual. Mas é difícil dizer que os três seriam titulares. De qualquer maneira, não deixa de ser interessante ver que o Flamengo tomou suas decisões, para o bem ou para o mal, e, na final da Libertadores de 2012, algumas delas estão campo.

sábado, 26 de maio de 2012

Papo Furado: prefeita de Campos, Rosinha Garotinho


Trecho da Entrevista da prefeita de Campos dos Goytacazes, Rosinha Garotinho, ao jornal O Dia, publicado no sábado, 26/05/2012.

"Acabamos com as filas de madrugada para marcação de consultas, que hoje é feita online no próprio posto de saúde."

A prefeita parece ainda não ter entendido o conceito da rede mundial de computadores. Ou a marcação de consulta é online, de qualquer lugar do planeta, via internet, ou ela é presencial, no posto de saúde. Agora, como o posto de saúde faz a marcação da consulta, que sistema ele usa, é outra história. A marcação é presencial para o cidadão que vai até o posto de saúde, agenda a consulta, e volta no futuro para fazê-la. Se online fosse, ele não precisaria ir duas vezes ao posto.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Tupi no G4 Mineiro: Campeão do Interior

Nas ruas de Juiz de Fora, o torcedor já se permitir cantar "É campeão". Mesmo com a derrota, fora de casa, contra o desesperado Democrata, de Governador Valadares, por 2x1, o Tupi está praticamente consolidado entre os quatro primeiros do campeonato. O empate nos jogos da Caldense e Villa Nova selaram o positivo destino do Tupi que saiu de três derrotas seguidas no início do campeonato à consagração na vitória por 2x1 sobre o América de Belo Horizonte, com transmissão na tv aberta, em plena Sete Lagoas. A única ameça é o Nacional que precisa tirar a vantagem no saldo de 8 gols. Missão Difícil. Com isso, o galo carijó se prepara para receber o "parente" da capital, no próximo domingo. Em JF o clima é único, vai dar canja.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Ainda há esperança: Tijuca 76x83 Flamengo (NBB - 28ºR)

Não deu para o Tijuca garantir, em quadra, na quinta-feira, contra o Flamengo a desejada classificação aos play-offs do NBB. Em casa, com grande torcida local, mas pouco barulhenta frente à horda adversária, em partida disputada, o rubro-negro venceu por 83x76, levando a melhor no primeiro e último quartos (23x27; 18x26). O Tijuca venceu o segundo e terceiro quartos (21x18; 14x12).

É complicado afirmar que tivessem os tijucanos melhorado aqui e ali poderiam ter vencido. A equipe da gávea é melhor, com jogadores em outro nível técnico. O Tijuca apresentou erros de precipitação de jogada, e algumas faltas bobas. Mas dizer que isso mudaria este jogo é outra coisa. Caberia durante a temporada. Houve muita reclamação quanto à arbitragem, supostamente, tendenciosa ao time grande. É uma analise perigosa, mas válida no calor do momento. O Tijuca se portou como time grande. Focado na vitória. Só que, ali, só isso não bastou. Mas guarda bons nomes como o pivô Rodrigo Bahia, que teve boa atuação, e o (ainda) promissor armador Gegê.

Agora resta aos tijucanos secar o Minas. Ambos com o mesmo número de vitórias, o Tijuca leva a melhor no confronto direto. O time de Belo Horizonte perdeu, nesta sexta-feira, fora de casa, para o Brasília. No domingo o jogo é contra o Bauru, em São Paulo, às 11h. A derrota significa a classificação para os cariocas. Ainda há esperança.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

A última chance (Tijuca x Flamengo - NBB 28º Rodada)

Hoje, às 19h00, o templo do esporte carioca, a quadra do Tijuca Tênis Clube, recebe Flamengo x Tijuca, o clássico da cidade, pela última rodada do NBB, o campeonato brasileiro de basquete. O Flamengo em 4º, já está classificado para as quartas-de-final, enquanto o Tijuca, 13º, busca um lugar acima na tabela para garantir-se nas oitavas-de-final da competição.

O astro rubro-negro Marcelinho Machado não joga, ainda se recuperando de lesão na mão esquerda. Mesmo assim, o time da gávea é amplo favorito para o confronto, com 74% de aproveitamento. São 20 vitórias. Os cinco titulares devem ser: Fred, David Jackson, Duda, Kammerichs e Caio Torres. Completam: Teichmann, Hélio, Átila, Chris Hayes. Do esquadrão, Kammerichs estava em quadra no bronze olímpico argentino, em 2008, em Pequim, e no banco, o técnico Gonzalo Garcia era assistente de Sergio Hernández.

Com apenas 33% de aproveitamento (9 vitórias), o Tijuca, comandado pelo técnico Miguel Ângelo da Luz, joga a última carta da temporada. O time vem de derrota em casa, por apenas um ponto, numa virada nos instantes finais de jogo (76 x 77 Limeira). O ala-pivô Case já avisou, eles “vêm com tudo” para o jogo de logo mais. Os titulares: Gegê, Manteiguinha, Lima, Fernando Mineiro, Rodrigo Bahia. Completam: Case, Coloneze, Jefferson Sobral, Marcellus, Ricardinho.

Entre os torcedores há os rubro-negros que defendam o “entrega”, afinal o Flamengo não perde mais o quarto posto. E a eliminação precoce pode ser o fim do basquete tijucano. Lutando contra a falta de verbas, a classificação a fase final traria um ânimo extra na busca por patrocinadores. O tradicional clube carioca merece este posto.

Links:
Tijuca Basquete:

Flamengo Basquete:

NBB:

segunda-feira, 19 de março de 2012

Toffoli, Russomano, e as eleições paulistas

À época da estreia entre os onze guardiões da Constituição, o, hoje, ministro do STF, Dias Toffoli, causou reboliço em parte da sociedade. Havia questionamento sobre o seu “notório saber jurídico”. Incipiente obra literária, fraca carreira acadêmica e a tentativa frustrada de ingresso concursado na magistratura. Por outro lado, outro tipo de credencial chamava mais atenção: o histórico como advogado do PT. Mesmo partido do presidente que o catapultava a vitaliciedade no topo da pirâmide do Judiciário. A consequência é que há aqueles que policiam qualquer vírgula do ministro sob a injustiça premissa: ele está favorecendo os petistas.

Recentemente, em plenária, orelhas coçaram. O Supremo apreciava embargo de declaração sobre embargo de declaração do ex-deputado federal Celso Russomano (PRB-SP). A princípio se observou se era cabível a prorrogação de competência ao STF visto que o impetrante não é mais membro do Congresso Nacional. A maioria entendeu que não. Toffoli foi um dos poucos que entendeu em contrário, aplicaria a prorrogação de competência. De qualquer monta, a casa foi unânime que a matéria levantada já havia sido enfrentada, sendo inclusive desnecessário até mesmo o primeiro embargo, quanto mais o segundo. Até aí, tudo bem.

Quando já se seguia ao próximo julgado, Toffoli intercedeu. Ele requeria o registro do voto concedendo Habeas Corpus preventivo para o trancamento da Ação Penal em curso contra Russmano, algo sequer levantado. Toffoli relatou o primeiro embargo, Luiz Fux do segundo. Este ficou espantado com o voto do nobre colega. Trazia-se a baila uma interpretação única sobre a natureza da elementar do tipo penal. O ministro Ayres Britto interveio reafirmando – indiretamente – a estranheza quanto ao posicionamento, diga-se, benéfico a Russumano.

O ex-deputado é pré-candidato do PRB à prefeitura de São Paulo. A capital paulista vê-se numa nacionalizada campanha municipal. Lastreada na força de Lula, o PT lançou o ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, ilustre desconhecido aos rincões de voto. No cenário contra o favorito José Serra (PSDB) toda ajuda é bem vinda. Inclusive o apoio do PRB, que, por isso, ganhou o ministério da Pesca e Aquicultura, a cargo do senador Marcelo Crivella (RJ). No vale tudo da política é estranho que justa e unicamente o ministro Toffoli vote pelo trancamento da ação penal, sequer em debate, do pré-candidato (bom de voto). Político que o partido ao qual era ligado quer muito o apoio na eleição que balançará a política nacional, inclusive, e principalmente, até quanto ao futuro presidente.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Selo de garantia de procedência às rochas fluminenses

Por mérito conjunto do governo do Estado, com a iniciativa privata, três rochas do Noroeste fluminense - Carijó, Madeira e Cinza - receberão a certificação DOC (Denominação de Origem Controlada), garantindo a exclusividade da qualidade do material rochoso único no mundo à região do Rio de Janeiro, pelo INPI (Instituto Nacional de Propriedade Intelectual). Agora, a expectativa é elevar em até 70% o valor das pedras.

Na Cinelândia, espera de 60min pelo transporte público

Amigo do blog Rio Político esperou uma hora até conseguir entrar em um transporte público da Cinelândia até o Corte do Cantagalo, em Copacabana. Chegou a praça, no centro da cidade, às 22h20, a espera do ônibus da linha 128. Depois de 10 min, veio um da linha 125, que o faria andar mais até o destino final, então, preferiu esperar. Mais 10,15,20,30,40 minutos e nenhum outro ônibus com destino a Copacabana, Leblon... Nada! E olha que a lista é extensa: 121,123,125,127,128,132,177...

O jeito foi aceitar o Metrô e sua passagem extorsiva. Como não era o dia de sorte do camarada, ao chegar na estação, acabava de sair uma composição com destino a General Osório. Restou sentar, e esperar. Veio outro com destino a Botafogo, não o suficiente para quem quer para as bandas de Copacabana e além. Espera mais um pouco até, finalmente, conseguir entrar em um transporte público, uma hora depois da epopéia, até a estação Cantagalo, para quase meia-noite chegar em casa.