quarta-feira, 31 de março de 2010

Num "teaser", Lapiduses e Alvarenga mostram como será seu show

RIO DE MÚSICA deu uma passada no CCBB para mais uma quarta-feira de Música no Museu. O programa original com Pablo Lapidusas ao piano foi alterado. Ele dividiu o palco com o colega Marcelo de Alvarenga que abriu o concerto.

Alvarenga, muito concentrado, tinha umas partituras estranhas que rapidamente necessitavam a virada de página ao ponto de ter uma assistente enquanto tocava. No repertório, Lorenzo Fernandez com “Velha Modinha” e a intensa “Ponteio e Jongo”. “Voile & La Fille aux cheveaux de lin”, de Debussy, Três Marzurcas e “Polonaise op.26 nº1, de Chopin, “Gnossiène º1”, de Saite, e a interessante “Toccata”, de Kachaturian.

Lapiduses escolheu músicas mais modernas, atacando com “Blackbird”, dos Beatles e com a trilha sonora de Cinema Paradiso, de Morricone. Ele tocou músicas próprias como “Formiguinha”, uma homenagem a sua mãe, que estava presente na platéia.

Os pianistas estão terminando a preparação do show conjunto “Quatro Séculos de Música”. A idéia era de que a apresentação de hoje servisse de teaser do que virá. Aguardemos.

terça-feira, 30 de março de 2010

Mágica na despedida do mês Samba-Jazz no CCBB

Pense em cinco caras que amam o que fazem. Pense que estas cinco pessoas são excepcionalmente muito boas. Pense que juntos eles são um grupo que supera em muito a soma da já imensa capacidade musical de cada um. Pensou?

Quem esteve nesta terça-feira, no Centro Cultural do Banco do Brasil, para o último show da série Almanaque Samba-Jazz teve o prazer de ouvir tudo isso e guardar para a história. O Quarteto Samba-Jazz, formado especialmente para a ocasião, contou com Rafael Vernet (piano), Eduardo Neves (sax e flauta), Guto Wirtti (contrabaixo) e Rafael Barata (bateria) receberam a ilustra presença do sax de Hector Costita.

Juntos ele fizeram mágica. Uma mágica difícil de descrever. Eles tinham uma alegria de tocar e o público teve a alegria de poder ouvir aquilo. Passando de “Quem diz que sabe” de João Donato a “Meu fraco é café forte” de Dom Salvador, de uma bela melodia japonesa ao choro porteño da Argentina de Costita. Explorando cada possibilidade de seus instrumentos. Foi um show como poucos, feito por músicos como poucos. Fica o parabéns a Edson Viana Teixeira, curador e diretor geral da mostra, pelo resultado final fantástico do seu trabalho.

domingo, 28 de março de 2010

OSB Jovem toca para a Juventude na Cecília Meirelles

Crianças e bonecas corriam de mãos dadas sem amanhã pelos corredores enquanto os mais velhos sentados assistiam a Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem, na sala Cecília Meirelles, na série Concertos da Juventude em Cartaz. Na manhã de um típico domingo de sol, o auditório lotado ouvia a apresentação sobre a composição de uma orquestra nesta bela iniciativa às crianças para formação de platéia de música clássica. Inicialmente do diretor artístico da OSB, Roberto Minczuk, que regeu a companhia no Hino Nacional. Depois, com o regente Marcos Arakaki que deu seqüência ao concerto.

A escolha do repertório foi perfeita para o evento, com várias danças, numa empolgação que contagiou o público que, tal como o RIO DE MÚSICA, pagou apenas dois reais pela entrada. A OSB Jovem começou com a animada “Abertura Cubana” de Gershwin. Seguindo com “Três Danças” de Camargo Guanieri e de “Huapango” do mexicano José Pablo Moncayo. Empolgou a suíte de balé “Estância” do argentino Alberto Ginastera. O encerramento ficou com a vibrante “Batuque” de Lorenzo Fernandez.

A Orquestra retornou para um rápido bis em dois atos. Primeiro com a “Scène: Modesto” do Lago dos Cisnes de Tchaikovsky e para a repetição do último movimento, a “Danza final”, da suíte “Estância” de Ginastera. Uma bela iniciação para os presentes que ainda ganharam um folheto interessante explicando vários detalhes sobre a composição de uma orquestra e da história da música clássica.

sábado, 27 de março de 2010

F-1 dos mares traz ronco alto de motor à baía de Guanabara

Para quem é fã de automobilismo, não existe música como um ronco alto e rouco de um motor. Por isso, RIO DE MÚSICA foi conferir a abertura da temporada 2010 do Mundial de Motonáutica Class 1, a Fórmula 1 dos mares, na baía de Guanabara.

Os sete barcos aceleraram alto, uns mais do que os outros, visto a larga diferença entre as embarcações na chegada. A falta de competitividade atrapalhou na empolgação do público.

A organização previa velocidades máximas de até 270km/h no final da reta da praia do Flamengo. O Fazza 3, barco atual tri-campeão, pode realmente ter atingido tal velocidade, mas simpatia ganhou foi o Abu Dhabi 5, que roncava mais alto que todos.

Mas barulho não faz diferença. O Abu Dhabi chegou em quinto lugar. Também dos Emirados Árabes Unidos, o Fazza 3 ganhou com muita folga do companheiro de equipe, o Fazza 1. Não muito distante, em terceiro, chegou o norueguês Welmax 90. Seguido à distância, em quarto, pela equipe espanhola Duemme Foresti & Suarti 8.

Em sexto, os outros noruegueses do Welmax 91. E, em sétimo, e último lugar, muito distantes de todos os demais, os italianos do Forest & Suati Scam 88. No domingo, acontece a segunda bateria da etapa brasileira, às 14h15, no Aterro do Flamengo.

Não se chegou perto da previsão surrealista dos organizadores de um milhão de espectadores. Pouco mais que o público regular dos sábados do Aterro esteve presente. Domingo, dia de maior movimento, o público aumentará, mas dificilmente atingirá a marca estipulada.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Miúcha canta o melhor remédio para um dia agitado

840 mãos lotaram o auditório do BNDES para aplaudir a noite de Bossa Nova embalada pela voz suave de Miúcha. Ao lado do Quarteto Bossa, ela cantou sucessos de Vinícius de Morais, Tom Jobim e Chico Buarque.

Um repertório leve e harmonioso em homenagem ao Rio e aos cariocas: “Samba do Avião”, “Copacabana”, “Corcovado”, “Águas de Março”. O amor evidente esteve presente: “Desafinado”, “Pela luz dos olhos teus”, “Todo sentimento”, incluído uma obra-prima “Eu te amo” cantada em francês. No sarau de clássicos, no bis, o tema da atual novela das oito, a simpática "Sei lá".

Ao lado da cantora, no projeto “5º no BNDES” estiveram João Lyra (violão), Jamil Joanes (baixo), Ricardo Costa (bateria) e Leandro Braga (piano e direção musical). Os melhores noventa minutos para um fim de noite tranqüilo.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Sob insuportável calor, Franciel Monteiro desfila talento no violão

Finalista do II Concurso Jovens Músicos, ano passado, promovido pelo Música no Museu, o violonista Franciel Monteiro se apresentou, nesta quinta-feira, pelo projeto, no Real Gabinete Português de Leitura. O músico mostrou uma técnica espetacular e extremo bom gosto na escolha do repertório. Mas o que chamou atenção de todos foi a estufa formada no recinto. O calor desértico do Rio de Janeiro aliado a uma sala sem refrigeração atrapalhou a todos que estavam para desfrutar um belo concerto.

Monteiro arrumou uma caminha cronológica. Iniciando com quatro danças do inglês John Dowland (1563-1626), tocou sonata do italiano Domenico Scarlatti (1685-1757), obras do espanhóis Fernando Sor (1778-1839) e Francisco Tárrega (1852-1909).

RIO DE MÚSICA atrapalhado pelo calor e pela correria se desculpa por não ter anotado outros detalhes. Mas fica na sincera torcida por mais sorte aos que prestigiarem sua apresentação, na segunda-feira(29), às 18h00, no Centro Cultural Laura Alvim.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Um "trombone" mineiro no piano do CCBB

O técnico do Flamengo, o mineiro Andrade, tem o apelido de “trombone” pela recheada voz grave. Quem estivesse de olhos fechados poderia dizer que era o técnico e não o conterrâneo pianista Marcio Hallack na apresentação desta quarta-feira, no projeto Musica no Museu, no Centro Cultural Banco do Brasil.

Vencedor em 2002 e 2007 do premio Instrumental Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, ele convidou para algumas músicas os saxofonistas Nivaldo Ornelas e Ricardo Serpa e o baixista Rômulo Duarte. Apenas Serpa e Duarte tocaram juntos no palco.

Hallack começou introduzindo um novo compositor em seu repertório com uma bela música do ucraniano Nikolai Kapustin. Seguiu passeando por “Segura ele” de Pixinguinha, “Odeon” e “Apanhei-te Cavaquinho” de Ernesto Nazareth e “Susto” de Hermeto Pascoal. Hallack tocou músicas próprias como a linda “De Manhã” do CD homônimo, indicado ao prêmio TIM, e a animada “Pra Jojô”, do mesmo álbum. E, ainda fez uma homenagem a Milton Nascimento com a música “Milagre dos Peixes”.

Ainda antes da apresentação, Hallack se incomodou de tocar de costas para o público. RIO DE MÚSICA acompanha o problema que pode, dependendo da disposição do piano, colocar o músico ou escondido atrás do instrumento ou, se de lado, invisível a parte da platéia. Se de costas, ao menos, todos do público pode vê-lo em ação, com suas mãos e pés acionados sobre o belíssimo Steinway & Sons preto do CCBB.

terça-feira, 23 de março de 2010

Orgulho de ser Samba-Jazz

RIO DE MÚSICA se permitiu, graças a contatos no ramo financeiro, e pagou os três reais da meia-entrada para assistir, privilegiado, ao show do Samba-Jazz Trio em ilustre companhia do gaitista Maurício Einhorn. Não há palavras para descrever o swing, a malemolência, a cadência e habilidade da perfomance. O Trio é formado por músicos que não economizaríamos papel em enciclopédia para descrever. Tendo tocado com todos os possíveis mestres e discípulos da Música Popular Brasileira: Kiko Continentino, no piano; Luiz Alves, no contrabaixo acústico e Clauton “Neguinho” Sales, na bateria e trompete, sim simultaneamente, com graça e harmonia, representam a nata da categoria no país. Sorte de quem pode vê-los todos os sábados, de graça, do 12h às 16h, na Modern Sound, em Copacabana.

O Brasil ainda se descobria bom no futebol nos idos dos anos 50 quando Maurício Einhorn descobria a graça da gaita. Dado que, hoje, espirituoso, faz graça com o número de “saudosos” citados no show. Todos, parceiros que já partiram, mas que permanecem vivos na música. Caso dos parceiros Durval Ferreira, em “Tristeza de Nós Dois”, “Curta Metragem”, “Adivinha”, e Arnaldo Costa, em “Sarro”. A título de curiosidade, Tristeza foi composta em 1957 e somente no ano seguinte ganhou a letra de Bebeto Castilho.

Samba Jazz Trio fez homenagem a Johnny Alf, morto mês passado, com a música “Fim de semana em Eldorado”. Ainda tocaram “Muito à vontade”, “Agora Sim”, “Love Vibrations” e um belíssimo arranjo de obras de Villa-Lobos e Luís Gonzaga. A tarde, dentro do programa Almanaque do Samba Jazz, neste mês de março, no Centro Cultural do Banco do Brasil, foi um ode a música brasileira com verdadeiros mestres em cartaz.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Violão de sotaque latino no Museu Carmen Miranda

Explorando novos cenários cariocas, o projeto Música no Museu aterrisou, nesta segunda-feira, no Museu Carmen Miranda, no Flamengo, através do violão de Alessandro Correa. O programa em homenagem a Villa-Lobos ainda contou com obras de Leo Brouwer e Antonio Lauro.

Parte do “Entre Duo” ao lado do clarinetista cubano Félix Alonso, Correa trouxe ao Rio, em violão solo, o resultado da parceira que resultou no CD “Entre Latinoamérica” com compositores do continente.

A pequena platéia pode ouvir seis peças de Villa-Lobos: os prelúdios nº1, 2, 3 e 4; da “Suíte Popular Brasileira”: a “Mazurka-choro” e a “Valsa-choro”, além do Choros nº1. Destaque para a beleza dos prelúdios e do “Choros nº1”. Seguiu uma pequena peça do venezuelano Antonio Lauro: “Valsa Venezoelano nº2”. E encerrou com quatro obras do cubano Leo Brouwer: a bela “Danza del Altiplano”, “Zapateo”, “Guajira Criolla” e Berceuse “Drume Negrita”.

O tímido violonista agradeceu quase constrangido às palmas e emendou “Marcha da Quarta-feira de Cinzas” de Vinicius de Moraes e Carlos Lyra, de bis. O público gostou. Correa diz que espera retornar com o parceiro clarinetista. Estamos esperando.

domingo, 21 de março de 2010

Candelária se rende a Orquestra Petrobras Sinfônia

RIO DE MÚSICA conferiu o segundo dos oito concertos da Série Mestre Athayde, homenagem a Manoel da Costa Ataíde, artista barroco brasileiro (1762-1830). A Orquestra Petrobras Sinfônica sob a batuta de Carlos Prazeres, assistente do regente Isaac Karakbtchevsky, tocou, na Igreja Candelária, neste domingo, num programa de 50 minutos, obras de Messiaen e Bach.

Impossível não se render a simpatia de Prazeres que fala de coração aberto sobre o programa revelando a importância da obra do francês Olivier Messiaen (1908-1922) no período do trágico assassinato de seu pai, o mestre Armando Prazeres, em 1999. Armando foi o fundador da orquestra em 72. Sobre o alemão Johannes Brahms (1833-1897), foi direto dizendo que “dispensa apresentações”. Ele classificou os compositores como “pilares da música ocidental”.

Considerado o sucessor de Debussy, a Orquestra tocou de Messiaen “Les offrandes oubliées”, de 1930. Enquanto de Brahms, executou a Sinfonia nº4, op. 98, mi menor, de 1885, dividida em quatro atos é considerada a obra-prima do alemão.

Correta, a Orquestra empolgou o público que não poupou aplausos após o concerto que visa atrair um público novo à música clássica. O concerto contou com uma Candelária cheia pela metade. Um dos regentes mais novos do país, aos 32 anos, Carlos tem como spalla o irmão dois anos mais velho, Felipe. A próxima apresentação da Série será na Igreja Nossa Senhora do Carmo da Lapa, às 17h, no dia 4 de abril.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Arquiteto de grandes obras, pianista de grande talento

O público quase integralmente sexagenário lotou o auditório do Centro Cultural Justiça Federal para a apresentação do pianista Robert Fuchs, no projeto Música no Museu. Nascido em 1939, após dedicar grande parte de sua vida a arquitetura, agora retoma com força a dedicação à música. Em 2009, ficou entre o três primeiros no concurso internacional de grandes pianistas amadores. A final aconteceu na tradicional Salle Gaveau, em Paris. RIO DE MÚSICA conferiu o espetáculo do projetista do Barra Shopping que executou Mozart, Beethoven, Chopin(2), Villa Lobos, Shostakovitch e Bela Bartok.

Fuchs entusiasmava-se com a companhia do neto mais velho, Teo, no palco que o assistiu nos dois primeiros números. Após alguns bocejos, o menino de uns seis anos voltou à família na platéia. A apresentação iniciada com a “Fantasia KV 475”, de 1785, do gênio austríaco Wolfgang Mozart (1756-1791) ganhou o público após a execução da “Sonata op. 27 nº2, de 1814, do igualmente gênio alemão Ludwig Van Beethoven seguido do tradicional “bravo” após o ato. Aniversariante do mês, completando 200 anos, Frédéric Chopin (1810-1849) foi tocado duas vezes. “Noturno op.32 nº1”, de 1836, foi recebida de maneira morna ao contrário da primeira das quatro baladas do compositor “Balada nº1 op.23”, de 1836, que cativou a audiência.

Tal qual na final parisiense, Fuchs apresentou “Impressões Seresteiras” de Heitor Villa Lobos (1887-1959). Seguiu-se com a suíte “Dança das Bonecas”, de 1952, do russo Dmitri Shostakovitch (1906-1975) encerrando com a incomum aos palcos cariocas “Danças Populares Romenas”, de 1915, do húngaro Bela Bartok (1881-1945).

No momento do bis, tal como no dia anterior, boa parte do público foi embora, o que é estranho visto que todos estão ali por livre e espontânea vontade. Na volta, Fuchs continuou a homenagem a Chopin a quem disse “que nunca encontrou alguém que não gostasse”. O pianista agora segue para a China onde tem apresentações marcadas.

Ex-roqueiro ítalo argentino encanta com erudito no CCJF

Um dos fundadores do rock argentino, integrante da banda Los Gatos (1967-1970), Gaetano Galifi apresentou-se ao violão, nesta quinta-feira, dentro do projeto Música no Museu, no Centro Cultural Justiça Federal. RIO DE MÚSICA conferiu o concerto em que Galifi tocou, de sua autoria, seis músicas e uma suíte em três atos além de Bach, Paganini e Chopin.

Italiano da Sicília, nascido em 1948, com um ano mudou-se para a Argentina onde viveu as duas décadas seguintes. Lá foi influenciado pela música espanhola que além de dominar o país era admirada por sua mãe. Ao final do período, veio, em definitivo, para o Brasil.

Galifi abriu o espetáculo com uma seqüência de quatro músicas de composição própria. “O Demônio”, “Pêgaso, o cavalo alado”, “Baião do Padre Cícero”, inspirada num documentário sobre o religioso, e “O blues do gafanhoto”, uma brincadeira com um aluno.

Exigente, o público, que aplaudia admirado, só se rendeu de vez quando Galifi executou os clássicos. Do alemão Johan Bach (1685-1750) adaptou o "Preludio 995" para alaúde ao violão, bem como o "Capricho nº15" para violino do italiano Niccolò Paganini (1782-1840). Ele fez questão de destacar a beleza e a dificuldade de execução do "Noturno nº2", do pianista polaco Fréderic Chopin (1810-1849). Após a execução, “bravos” e “belíssimos” se espalharam pelo auditório.

Sua música é inspirada em personagens do cotidiano. Ora um professor como em “Ares Flamenco”, ora a infância e a família como em “Lembranças da Espanha”. Ambas compunham o repertório em homenagem ao país. Ao final de “Ares Flamenco”, da platéia cativada ouviu-se um empolgado “Olé!”.

A Suíte Mistérios, uma homenagem a uma companheira, taróloga, com quem vivia, ressaltando que Galifi é astrólogo, proporcionou uma viagem de sentidos. Explorando todas as possibilidades do violão, executou “A floresta sagrada”, “O vale da Lua” e “O desfiladeiro dos demônios”. Foi aplaudidíssimo de pé.

Incompreensível foi atitude de boa parte do público que foi embora no momento do bis. Tendo em vista que ninguém demonstrava menos que plena admiração do espetáculo. Perderam uma boa toada em que Galifi propôs juntar a música country americana com elementos do banjo.

O Música no Museu é excelente, uma das melhores atitudes que existem no país. Para criticar qualquer situação, acho obrigatório fazer quinhentas ressalvas sobre o quão boa é a iniciativa. Agora o músico tem que estar no meio da sala. Sua cadeira tendia para um dos lados do ambiente o que praticamente impedia toda uma seção do público de vê-lo. Visto que Galifi não estava em nenhuma plataforma e sim no mesmo nível da platéia. As cabeças do pessoal à frente tapavam a visão dos que estavam atrás.

O responsável pela filmagem tem que ser mais zeloso com a sua atividade. Entrar e sair da sala durante o número fazendo barulho chama a atenção negativamente da audiência. Desligar a câmera na hora do bis chama a atenção do músico que visivelmente se viu constrangido. Não sei o destino das imagens, mas não precisa desmerecer a tal ponto.

Felizmente, fica é um excelente show, de um músico extraordinário, altamente recomendável.

sábado, 13 de março de 2010

Seria isso o planejamento de infra-estrutura para a Copa do Rio?

A notícia no portal do governo do estado do Rio de Janeiro tem certo tom de piada “Rio vai ganhar posto de atendimento ao turista no Galeão durante a Copa”. Quer dizer que, está sendo anunciado hoje, em 2010, um posto de atendimento que já deveria existir, para daqui a quatro anos e com o único objetivo de funcionar durante trinta dias? Fica a impressão que os 7 bilhões de reais dos royalties do petróleo não vão fazer falta no planejamento de infra-estrutura de Sérgio Cabral.