Nem na Cúpula de Países Sul-Americanos e Árabes que o governo preconiza tanto ter concretizado, o Brasil consegue fazer do Português uma das línguas oficiais, como é possível ver no letreiro ao fundo da foto. Na ONU, com seis línguas oficiais, o português não passa perto. E o país ainda quer pleitear uma vaga no Conselho de Segurança. Na União Européia, ao menos, se respeita a diversidade de cada país. São 23 línguas oficiais, o português inclusive.
Observar o discurso do vice-presidente nas cerimônias das quais participou, hoje, em São Paulo, como presidente em exercício é perceber sua total distância com as ações do governo. Não que ele jogue para a oposição, mas se coloca como um torcedor somente, um agente distante. Jamais se refere como presidente. Diz que em seis anos e meio “não fez nada”. É difícil imaginar um político dizer que não fez nada em seu mandato.
Ele comenta as decisões de Lula, aplaude o ministro. É um corpo externo àquele jogo. Por isso fica complicado imaginar e justificar sua presença no meio. Ainda que o vice-presidente não atue de forma decisiva, não é de se esperar que fique apático. Observador, um comentarista. Que não se use a desculpa de sua saúde. Um país de 200 milhões de habitantes torce por Alencar, porém não pode ficar a sua espera. Alencar por mais que se ouça elogios a sua pessoa está na berlinda. Ou atua como um político, o vice do cargo mais importante do país, ou renuncia e se dedica ao comentarismo político ou ao retorno ao cargo de senador por Minas Gerais.
O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aparece como a cara e a voz do país para a América Latina. Na Cúpula dos líderes progressistas, no sábado, ele foi o representante americano na reunião que contou com os presidentes do Brasil, Argentina, Uruguai e Chile, esse anfitrião do encontro. Dali seguiu para Costa Rica onde participou de uma reunião com líderes da América Central. Por fim, Biden ainda publicou o artigo “Um novo dia para a parceria das Américas” em 11 jornais das Américas. Este esforço tem vista preparar o terreno para o presidente Barack Obama na Cúpula das Américas, em abril, em Trinidad e Tobago.
Para ler a integra do artigo:
http://www.whitehouse.gov/the_press_office/Op-ed-by-Vice-President-Biden-A-New-Day-for-Partnership-in-the-Americas/
Termina, hoje, o II Foro Empresarial da América do Sul – Países Árabes (ASPA) realizado em Doha, no Catar, com empresários e membros das Câmaras de Comércio de ambas as regiões. O Brasil tem cerca de 30 representantes. Desde a criação da ASPA, em 2005, pelo governo brasileiro, o comércio entre os continentes cresceu de US$ 11 bilhões, em 2004, para US$ 25 bilhões ano passado. No país, esse crescimento foi de 150% saltando para US$20 bilhões ano passado. A ASPA conta com 34 países (12 sul-americanos e 22 árabes), além da UNASUL e da Liga dos Estados Árabes.
O presidente Lula esta em Doha para a realização, amanhã, da II Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da ASPA. Na ocasião se discutirá marcos para um futuro acordo de livre comércio entre o Mercosul e o Conselho de Cooperação do Golfo.
O presidente Luis Inácio Lula da Silva posa para foto junto aos chefes de Estado na Cúpula dos Líderes Progressistas, em Santiago, no Chile. Na foto da esquerda para a direita, o primeiro-ministro da Noruega, Jens Stoltenberg; Lula; primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown; presidente do Chile, Michele Bachelet; vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden; presidente da Argentina, Cristina Kirchner; primeiro-ministro da Espanha, José Luiz Zapatero e o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez.
