quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Duque de Caxias: Campanha para pior time do mundo


O Duque de Caxias está em frangalhos, após quinze rodadas de sua terceira temporada na segunda divisão do futebol brasileiro. O time, com larga vantagem, é o lanterna. Tem quatro empates, nenhuma vitória, e onze impressionantes derrotas. Mesmo não sendo famoso pelo público no estádio, os números impressionam. Nas últimas quatro partidas conquistou 375 pagantes. 94 por jogo. Com um aperto dá num fusquinha...

Agora o que impressiona é que o Caxias joga em qualquer lugar. Não tem tempo ruim. Ou talvez o tempo seja tão ruim, que ele joga em qualquer lugar. Em sete partidas com mando de campo, foram cinco estádios. Cinco. São Januário, Engenhão, Guilite Coutinho, Cláudio Moacyr e Raulino de Oliveira. Em quatro cidades diferentes: Rio de Janeiro, Mesquita, Macaé e Volta Redonda. Isto porque o time é de Duque de Caxias.

O Caxias tem mais estádios que pontos na Série B. Está cinco a quatro. Estão seguidos de perto pelo número de técnicos: três. Alfredo Sampaio, Valdyr Espinoza, e, agora, Paulo Campos. Na verdade o Superior Tribunal de Estatísticas Esdrúxulas está contabilizando se as vezes em que Caco Espinoza assumiu interinamente o time conta ou não. Se contar, o Caixas terá um ponto para cada técnico a beira do campo.

Brasileiro: Cruzeiro 0x1 Flamengo (14º Rodada)

Na décima quarta rodada do Campeonato Brasileiro, o Flamengo foi até Sete Lagoas, Minas Gerais, enfrentar o Cruzeiro, na Arena do Jacaré. Com a fome obstinada de quem persegue a iderança do torneio, o rubro-negro foi muito mais incisivo ao longo da primeira etapa. Tinha mais posse de bola, que traduzia em volume de jogo. O Cruzeiro estava acuado, sem padrão tático. Não conseguia levar perigo.

Numa boa jogada, Léo Moura tocou para Ronaldo Gaúcho que se livrou da marcação e deu um passe perfeito na entrada da pequena área. Tão perfeito que até Deivid faria. E fez. O inacreditável quase artilheiro do campeonato, com seis gols, teve mais uma atuação apagada. Eclipsado por impedimentos, erros de posicionamento e de passe. Ainda assim, anotou o único gol da partida, e segue sendo unanimidade, apenas, na cabeça de Luxemburgo.

Na etapa complementar, o Cruzeiro acordou. Ou esboçou. Jogando em casa, quis – sem sucesso – evitar a terceira derrota seguida. Sempre levando perigo através dos pés do argentino Walter Montillo. O time carioca se acomodou e jogou como se já houvesse consolidado o resultado. Quanto ao meia Thiago Neves já não passa no vazio o volume de jogadas que morrem em seus pés. Nos minutos finais, cabelos foram arrancados dos ambos os lados da torcida, ao passo que o Cruzeiro chegava próximo ao empate. Mas mesmo com seis minutos de acréscimo, o Flamengo leva o 1x0 e continua a um ponto do Corinthians, este com um jogo a menos.

Copa Sul-Americana: Bella Vista (URU) 1x1 Unv. Católica (CHI)

No primeiro jogo da edição 2011 do segundo maior torneio de clubes do continente, a Copa Sul-Americana, o pequeno time uruguaio do Bella Vista recebeu o tradicional Universidade Católica, do Chile, no acanhado estádio LuisFranzini, do rival Defensor, na capital, Montevidéu.
Enquanto a Católica tentava trabalhar as jogadas, o Bella Vista jogava pelos contra-ataques. Embora os chilenos quisessem um jogo mais bonito, o abuso no erro de passes impedia qualquer sucesso. Ironicamente, tão displicente quanto nesse quesito da parte tática, os uruguaios por precisarem de menos toques na bola, a princípio, se deram melhor.
Porque no contra-ataque se joga também no susto do adversário que pode não saber o que fazer vendo um atacante em velocidade vindo em direção ao gol. Foi assim que os vinte e três minutos, o árbitro brasileiro Leandro Vuaden viu falta, e foi consultar o bandeira para validar pênalti a falta cometida a um metro da área. Penalidade que não é, entra. Aos 24, IgnacioNiccoli abriu para os donos da casa.
Sem mudar a tônica do jogo, a Católica saia ainda mais ao ataque. O Bella Vista chutava pelo nariz. Assustado numa bola que, chutada, não saiu de perto da defesa e ainda caiu no pé adversário, a defesa uruguaia fez falta boba a centímetros da área. Na cobrança, o argentino Pablo Calandria correu sozinho para tirar a bola do caminho do goleiro. Era o empate. O arqueiro local Nicolás Gentillo saiu destaque, numa partida pobre de talentos individuais.
Na segunda etapa, o ritmo caiu. As equipes se não aceitaram o resultado, também não queriam correr o risco de levar outro gol. Para os chilenos, era a vantagem do gol fora de casa. Para os uruguaios, o retorno, desde a Libertadores 1990, a uma competição continental fazendo um papel razoável. Assim, sem sobressaltos, os últimos quarenta e cinco minutos foram chatos. Do mesmo futebol fraco tecnicamente do início, mas sem a mesma pegada.
As equipes voltam a se enfrentar em 16 de agosto, em San Carlos de Apoquino, em Santiago. O vencedor pega o também chileno Deportes Iquique, por uma vaga nas oitavas-de-final.