sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Modo JN de fazer uma matéria

É possível noticiar a morte do locutor Lombardi sem citar a palavra SBT? É possível deixar de citar a empresa na qual trabalhava aonde marcou seu mais famoso bordão “Olá, Silvio!”? Aliás, seria possível falar do Lombardi sem pelo menos uma imagem do “patrão” Silvio Santos? O Jornal Nacional demonstrou / acha que sim. Independente de emissora, o telejornalismo mudou mesmo. Guerra é guerra. Dinheiro primeiro, informação depois.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Mal administrado, mas campeão. Que sofra e vibre o torcedor.

O site oficial do Flamengo informa que o Grêmio tinha direito a 8.000 ingressos para o jogo da 38º e última rodada do Campeonato Brasileiro, que pode dar o título ao rubro-negro carioca. O mesmo Grêmio, em nota, diz que nunca recebeu os bilhetes e, ainda que os tivesse, o regulamento do torneio determina que eles sejam vendidos somente no local da partida. Hoje, pela manhã, foram vendidos 5.000 ingressos. Eles são da cota renegada pelo time gaúcho. O que leva a pergunta óbvia: onde foram parar os outros 3.000 ingressos?

Haverá 3.000 gremistas no Maracanã domingo? Se houver, de onde eles terão comprado as entradas que o Grêmio afirmou não ter recebido? E, como podem ter sido vendidas para diversos setores do estádio se a torcida visitante SEMPRE fica confinada às cadeiras comuns?

O Flamengo é mal administrado. A sua sorte é que todos os outros não fizeram melhor esse ano. Como sempre nesse cenário, quem sofre é o lado mais fraco da corda. Esse ano, ao menos, muitos parecem não se importar com isso. Afinal, depois de 17 anos, a maior torcida do Brasil vai poder inflar os peitos e gritar: Hexa campeão! Só faltam 90 minutos.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Robin Williams perdeu a oportunidade de ficar calado

O ator Robin Williams foi infeliz, para não dizer grosseiro, ao tentar fazer uma piada com a perda da cidade de Chicago na disputa da sede das Olimpíadas de 2016 para o Rio de Janeiro.

No programa de David Letterman, exibido segunda passada (23) na televisão americana, em sua saudação inicial, ele brincou dizendo “é bom estar com a próxima Oprah hoje à noite”. A apresentadora é indicada como a mulher mais influente e rica dos Estados Unidos.

Oprah foi até Copenhagen, na Dinamarca, local da escolha da sede, como garota propaganda da candidatura americana. Ao que o ator emendou “espero que não esteja chateada com a perda das Olimpíadas. Chicago mandou Oprah e Michelle (Obama, primeira-dama americana). Brasil enviou 50 strippers e uma libra de pó (cocaína). Não é uma disputa justa.”

A platéia reagiu de modo seco, com aplausos muito contidos. Letterman continuou o riso que mantinha desde o início da fala de Williams. O ator esteve no programa para lançar o filme “Old Dogs”, além de comentar a recuperação de uma cirurgia no coração realizada em março.

sábado, 3 de outubro de 2009

Um dia para a História

Hoje, neste 3 de outubro, tudo mudou. O antes era indício agora é realidade. O mundo realmente aponta para mudanças. O Rio e o Brasil ganharam a maior chance da história para reverter um quadro de atraso para o progresso e o desenvolvimento. O Rio 2016 é real.

É o maior acontecimento na história da cidade. O Circuito Elizabeth Arden ganha conexão no Rio. Com um comentarista americano disse: a escolha não é uma corrida de velocidade, é uma corrida de revezamento. A partir de agora haverá outras inúmeras etapas onde a cidade terá que mostrar seriedade e comprometimento para provar que sim é uma cidade moderna.

Podemos todos ficar felizes. Chorar se quiser. Hoje, a História com H maiúscula foi escrita em nossa cidade. A maior celebração da humanidade acontecerá aqui. A Copa do Mundo de Futebol em 5 anos, as Olimpíadas em 7. Tem a Copa das Confederações em menos de 48 meses. A mobilização é para ontem. O legado é para sempre. O Rio agora é do mundo.

Deixemos preferências políticas, dúvidas financeiras, momentaneamente, de lado.
Agora é hora de dizer para nos mesmos que sim as Olimpíadas, a Copa do Mundo podem ser aqui como poderiam ser em Nova Iorque, Londres, Pequim, Paris. Nós somos os que queremos ser. Nos seremos a sede da humanidade.

Parabéns a todos nós.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Contagem Regressiva Rio 2016: O que será do meu bolso?

Já na manhã desta quarta-feira, em Copenhagen, na Dinamarca, a cúpula governamental do Brasil e do Rio de Janeiro estarão presentes para a decisão na sexta da sede dos Jogos Olímpicos de 2016. É inquestionável a precariedade da cidade do Rio em um sem número de aspectos que vão desde saúde e habitação a segurança e transporte público. Ainda assim, valeriam os Jogos no Brasil não estivessem Lula, Sergio Cabral e Eduardo Paes tão animados com a vinda das Olímpiadas quanto o personagem Yuri Orlov, do filme “Senhor das Armas”, com o fim da Guerra Fria. E o projeto de Chicago soa como o melhor de todos. Pode ser o mais caro – cerca de 9 bilhões de reais – pelo menos esse deve ser o valor final. Como visto no Pan 2007, no Rio o orçamento original pode ser multiplicado. Por muito.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

O problema da Petrobras

Virou notícia a pesquisa da Petrobras por petróleo na camada abaixo do sal no litoral da Bahia. O que de concreto não é nada. Ainda assim não deixa de soar como propaganda para a oitava companhia do mundo. Parece que existe mais uma área gigantesca a se explorar por óleo.

A Petrobras é o maior cabideiro do país. Investe fortunas nos mais obscuros veículos do Brasil, de revistas de sindicatos a folhetos de organizações sociais. Um dinheiro que circula sem nenhum compromisso com a manutenção das instituições. Na medida que hoje uma ONG recebe patrocínio, amanhã ela pode não ter mais nada. O problema é justamente esse.

O Estado cada vez mais terceiriza tudo. Escola, hospitais, museus vai tudo para a mão do terceiro setor. O estado tira seu compromisso com a população. Nisso uma empresa de petróleo faz o que quer e o que não quer. Coloca dinheiro onde bem intende, faz propaganda do jeito que quer, e dá emprego para quantos afilhados políticos forem necessários. E no final ainda sai com a imagem positiva de quem financiando instituições filantrópicas ajuda no desenvolvimento do Brasil.

A Petrobrás é filha do clientelismo estatal por ser parte dele. É o signo do atraso político brasileiro. Que se privatize tudo. Que o Estado assuma o que é sua responsabilidade.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Abaixo a Honduras

A trupe de 70 pessoas se instala na embaixada que é prontamente cercada por tropas do governo em exercício que cortam o suprimento de água e luz. Recebendo solidariedade de alguns cantos do mundo, comida começa a ser remetida aos enclausurados que se recusam a dividir com o corpo diplomático brasileiro. Sendo bombardeado pelos dois lados do conflito da insignificante republiqueta de banana de Honduras, o Brasil devia expulsar a horda que se instalou na embaixada. Que busquem asilo na Venezuela, no Equador. Vai ser estúpido em outro lugar. Os dois lados o governo deposto e o atual deram provas da falta de bom senso para com o Brasil. Eles que se entendam em outro lugar. Nenhum cidadão brasileiro deve sofrer – como está acontecendo – qualquer tipo de cerceamento devido a esta situação. Abaixo aos beligerantes bananescos.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Hora de acalmar os pequenos hondurenhos

Após corte o fornecimento de água e eletricidade a embaixada brasileira em Tegucigalpa, o embaixador de Honduras na ONU acusa o Brasil de subimperialismo. Realmente, fosse Honduras minimamente mais relevante ao cenário internacional valeria ao Brasil ser imperialista ao todo. Impor o presidente que quisermos, e usurparmos quaisquer valores que venham a interessar o escopo canarinho. Visto que Honduras não tem riquezas assistimos inertes ao completo desrespeito a norma diplomática com a humilhação do corpo brasileiro presente na capital hondurenha. Na falta do presidente do Brasil e do ministro das Relações Exteriores que estão no exterior, é hora do vice-presidente José Alencar chamar o embaixador hondurenho para dar explicações perante a sociedade brasileira.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

O melhor rodízio de carros do mundo

Numa época onde prevalece o politicamente correto, há de se destacar aquele provocador que subverta a ordem vigente, provoque-a, a fim de debatidas as diferenças, crie uma nova linha de pensamento. Por isso, no ordenamento urbano, proponho um novo tipo de rodízio de carros para a melhor fruição do tráfego. O rodízio racista. É simples, num dia estão proibidos carros brancos e de cores claras. No outro, carros pretos e de corres escuras. Se o cidadão ficar em dúvida sobre a classificação de seu carro, ele levará o veículo ao Cômite do Rodízio que, após deliberação de um conselho de notáveis, sentenciará se o carro é claro ou escuro. O rodízio racista visa estimular as famílias a terem pares inter-raciais de veículos promovendo a união das cores na natureza.

Alerta Importante aos descuidados, desavisados e ressabiados: Este nota é uma IRONIA !!!

O famigerado Dia Mundial Sem Carro

Alguns franceses sem ter muito que fazer inventaram em 1998, o Dia Mundial Sem Carro. Como o passar dos anos, alguns políticos sem fazer muita coisa acharam a idéia genial. Aliava preocupação com meio-ambiente com soluções eficientes no transporte público. No Brasil, em geral, não acontecem nem uma coisa, nem outra. Passados onze anos, agora, em 2009, a cidade do Rio de Janeiro entra pela primeira vez na brincadeira. Por determinação do prefeito, para que os meios públicos sejam menos problemáticos que normalmente, todos colocaram 100% da frota nas ruas. Todos os ônibus em circulação, todos os vagões do metrô nos trilhos. Até o prefeito disse que iria de bicicleta ao trabalho. É capaz que ninguém sequer de ouvidos a essa bobagem, saiam de casa de carro e tenham um pouco mais de dificuldade para estacionar. É capaz que, por causa da chuva, o prefeito desista de usar bicicleta. A única certeza é que o Dia Mundial Sem Carro é uma sacanagem aos ouvidos de quem – naturalmente desprovido de carro – é forçado a se socar nos trens, vans, barcas, ônibus e metrôs das metrópoles pelo mundo afora

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O que fazer com Honduras

Sou fã da Wikipedia. Lá, tomo conhecimento sobre quase qualquer trivialidade do mundo. Inclusive que Honduras tem 7,5 milhões de habitantes e 112 mil km2 de aérea. O país da América Central tem o PIB de 30 bilhões de dólares, dados da CIA de 2008. Isto dá cerca de 54 bilhões de reais. Bem, dois anos antes, em 2006, o apagado Espírito Santo já tinha um PIB de 52 bilhões reais. Ou seja, economicamente Honduras e Espírito Santo têm a mesma relevância. A população hondurenha é similar a da cidade do Rio de Janeiro. O ponto é que é demasiado dar uma relevância continental a uma crise política de um país tão pequeno. O abrigo ao deposto presidente Manuel Zelaya na embaixada brasileira em Tegucigalpa se não bem trabalhado pelo Itamaraty pode trazer danos a imagem e ao comércio brasileiro. Hoje, a balança comercial com Honduras e pesada ao pequeno país. Eles importam 135 bilhões de dólares do Brasil enquanto exportam apenas 6 bilhões. Em relação ao Brasil, Honduras é uma cidade. É importante agir sem ferir interesses nacionais.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Lula, o bom político

Bom político não faz festa somente em inauguração de obra. Faz festa quando lança a carta de intenção, quando lança a pedra fundamental, e quando visita a construção. Sem atento ao lema, o presidente Lula, hoje, participa do pré-lançamento da medalha comemorativa do centenário do Coritiba, o clube paranaense. Verdade seja dita, estamos a menos de um mês da celebração do centenário, dia 12 de outubro. Difícil é ver um político inaugurando uma obra que realmente esteja concluída em menos de 30 dias.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Vamos deixar o Cabral em Paz em Paris

A campanha para deixar o governador Sergio Cabral curtir Paris continua. Ontem, em sua trigésima viagem a capital da França, repórteres tiveram o disparate de importunar Cabral com questões ligadas ao Judiciário (a fuga do ex-chefe do tráfico da Mangueira) e as vans da Central. Todo mundo sabe que quem está em Paris quer ver o Louvre, a Fundaçaõ Cartier-Bresson, ir ao Stade de France, ninguém quer pensar em pobre da Central. Cabral curta a sua viagem, aproveite bastante, que enquanto isso agente segura as pontas no Rio por você.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Incansável governador parisiense Cabral

Quando alguém dúvida da capacidade do governador do Rio Sergio Cabral, ele surge com uma novidade para embasbacar os asseclas e sodomizar os críticos. Superando as leis da física, Cabral vai a Paris pela décima vez em nove dias. Mas ele não estará na capital francesa somente a passeio. Conseguiu convencer o grupo Michellin a lançar a versão Rio de Janeiro do seu famoso guia turístico. O governador achou de bom tom ir até a França participar do evento. Em troca das milhagens acumuladas nas viagens até o país de Sarkozy, Cabral será agraciado com a “comenda máxima do governo francês”, a Légion D’Hounner. Entre as atividades, ele fará uma palestra para “vender” para empresários franceses às benesses de investir no Rio. Paira sobre a oposição, a expectativa de que um dia o governador se perca e esqueça o caminho de volta.

sábado, 12 de setembro de 2009

A bomba iraniana

A cada matéria da prestigiosa imprensa sobre o presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad imagino como será o dia-a-dia daquele país. O Irã tem eleições. Ainda que somente o nosso presidente Lula as considere limpas. Tem uma cinematografia interesse, com constantes presenças em festivais internacionais. Tem o maior número de rinoplastia, cirurgia plástica no nariz, do mundo. Iranianos não querem mais ter aquele “nariz de árabe”. Não são famosos pela liberdade de expressão, nem respeito aos direitos humanos. Tem uma justiça questionável que cone a morte sem qualquer pudor. Ainda assim imagino: na cabeça de quem eles jogariam uma bomba atômica? Na de Israel que também tem uma? Na dos Estados Unidos? Vale lembrar que a distância entre Tel Aviv e Teerã é um pouco menor que do Rio de Janeiro até Recife. Não vejo alguém saindo vivo desse confronto. Com ou sem bomba, ninguém é flor que se cheire mesmo.

Então vejamos:

1. Os franceses expulsam os portugueses de Portugal. Poucos anos depois, Portugal monta uma missão artística francesa para educar a colônia.
2. O português Dom Pedro I, futuro Rei de Portugal, proclamou a independência do Brasil.
3. Um monarquista declarou – a contragosto – a república.
4. O ditador Vargas era o homem mais admirado no país e voltou ao poder eleito.
5. Sarney, o primeiro presidente na quinta república era um aliado da ditadura.
6. O caçador de marajás era um marajá.
7. O goleiro chileno Rojas arma uma fraude no Maracanã, quase bane o Brasil do futebol internacional e pouco tempo depois volta trabalha como treinador de goleiros - no Brasil!! No São Paulo, o clube mais bem estruturado do país.
8. O Lula em constante “metamorfose ambulante” agora acha todos os xerifes nordestinos lindos, os usineiros heróis, e os presidentes militares inovadores.

Por que ainda perdemos tempo discutindo lógica no mundo???

Pitacos no estranho mundo petista

Alguém chegou a ler as declarações sobre o programa de um domingo qualquer de nosso querido presidente Luís Inácio Lula da Silva? Para quem, a televisão “quanto mais bobagem melhor”. Para quem, “até tentou ler um livro, mas dormia após poucas páginas”.

Permanecendo no estranho mundo petista, ainda me espanta ver a viúva do assassinado ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, Mirian Belchior comandando a equipe do governo federal no comitê organizador da Copa 2014. O será que ela não sabe sobre a morte não encomendada de seu ex-marido?

Americanófilo

Já faz um tempo desde a última atualização por estas bandas. E como sempre reafirmo que dessa vez o blog volta a ativa. Como toda boa promessa não vai ser por falta de esperança – da minha parte, ao menos – que não seremos exitosos. Convenhamos não há nada de interessante acontecendo no país. É difícil encontrar um assunto digno de nota. Roubo aqui e ali já é rotina. A nota sobre a Marina ainda causou certo frisson, mas nada demais. Nesta sexta fez oito anos do 11 de setembro mos Estados Unidos. O Chile teve um bem mais importante em termos nacionais que o dos americanos. O Chile não é os Estados Unidos, então agente só vê, lê e ouve histórias das Torres Gêmeas mesmo.

Samba ou Rock? BigMac ou feijoada? Lincoln ou Deodoro da Fonseca? Dollar ou Real?
Um abraço do seu americanófilo favorito.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Eu quero acreditar: Marina Silva e Cristovam Buarque

Nunca encontrei motivos para alimentar esperanças num político. Ainda que a primeira vista, um indivíduo possa parecer correto, a imagem dos seus asseclas logo derruba qualquer ilusão. O Brasil, entretanto, hoje, se vê diante um cenário único. Uma dupla de políticos no qual eu ouso acreditar. Na qual quero depositar minhas esperanças e meu desejo de um futuro melhor. A se confirmar a saída de Mariana Silva, do PT, passo sine qua non do processo, e de Cristovam Buarque, do PDT, e suas respectivas filiações ao PV, engendrara a mais qualificada chapa para a disputada da presidência da República em 2010. Não me resta dúvida que o PT é símbolo do engessamento e do aparelhamento da máquina pública, que o PDT é um irmão menor que caminha na mesma direção sob linha de comando duro estilo stalinista. O PV é pequeno, bem intencionado, ainda que longe de qualquer perfeição. Os dois têm peso para renovar os votos do partido Verde e levar o país rumo ao desenvolvimento humano através da educação e da boa relação com a natureza. Eu quero acreditar em Marina Silva e Cristovam Buarque.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Na bola, Iraque pós-Bush é o mais forte da história

Desde 20 de março de 2003, o Iraque convive com a invasão promovida pelos Estados Unidos. Para uns, a guerra da Era Bush foi um desastre. Para outros, era inevitável ao mundo democrático ocidental retirar um ditador do poder. Aparentemente alheio a esse movimento, a seleção de futebol do Iraque caminha em um mar de tranqüilidade. Em outubro de 2004, atingiu a posição mais alta no ranking de seleções da FIFA: 39º melhor do mundo. Com turbulências naturais do esporte, hoje, é a 77º. O que não a impediu de conquistar, em 2007, pela primeira vez na história, a Copa da Confederação Asiática passando por times como Austrália, Coréia do Sul e Arábia Saudita. Nesse exato momento, o mundo assiste a boa participação iraquiana na Copa das Confederações, na África do Sul, que reúne a atual seleção campeã do mundo e as campeãs das confederações continentais. O Brasil, campeão da América do Sul, está lá. Com Bush ou sem Bush, o Iraque vem bem na bola. E é uma agradável força para a babel do futebol.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

A matemática fantástica do dirigente do Barcelona

O clube Real Madrid, da Espanha, se prepara para, em uma semana, fazer a primeira e a terceira aquisições mais caras da história do futebol. Por 80 milhões de libras (R$257 milhões de reais) traz o atacante Cristiano Ronaldo, do Manchester United, da Inglaterra, e por 65 milhões de euros (R$ 176,7 milhões de reais) compra o meia Kaká, do Milan, da Itália.

O maior rival do Real na Espanha, o Barcelona, atual campeão europeu, não está gostando da história. O diretor econômico do clube catalão, Xavier Sala i Martin, questionou a capacidade madrilena para pagar as aquisições.

"Desconheço de onde saem os 300 milhões de euros [R$ 826 milhões] que Florentino Pérez [presidente do Real] pretende investir em reforços. Ele disse que recuperará vendendo camisas. Para isso, deveria vender 30 milhões de camisas. É impossível", sentenciou o dirigente à emissora RAC-1.

A julgar pela fala do diretor econômico do Barcelona algo está errado. Realmente é impossível achar uma camisa oficial de futebol no mercado por 10 euros ou 30 reais. A do Flamengo que não contrata ninguém não sai por menos de 100 reais. Para falar mal dos outros, cada um inventa a sua matemática.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Negócio do Palau

Hoje, o mundo foi apresentado a Palau, uma pequena nação-arquipélago no Oceano Pacífico. Quarto país menos povoado do planeta, com 20.000 habitantes, foi o único – dos cerca de 100 consultados – a aceitar receber prisioneiros da base de Guantánamo. Para lá estão embarcando 17 chineses da etnia uigur até então encarcerados na base militar americana. A grande sacada é que Palau iria receber uma “ajuda humanitária” – sem relação com o caso – de 200 milhões de dólares. Se tivesse qualquer relação com os prisioneiros, seriam 23,5 milhões de reais por indivíduo. Dessa maneira, Palau desbanca Tuvalu, que vendia seu domínio de internet “.tv”, no ranking de negócios esdrúxulos das pequenas nações do Pacífico.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Quase lá

Quem passa pelo aeroporto internacional Antônio Carlos Jobim, o Galeão, no Rio de Janeiro, é informado sobre as obras em andamento no local para transformá-lo num dos 10 melhores do mundo. Hoje, a consultoria britânica Skytrax lançou um ranking mundial de aeroportos. O Galeão está “quase” entre os 10 primeiros na 135º posição. Se o foco fosse alterado para um dos melhores da América do Sul a tarefa seria fácil, o aeroporto é o quinto melhor do continente depois de Lima, Santiago, Buenos Aires e São Paulo. Que venha a Copa do Mundo.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Dedo inútil de prosa

Fiquei atônito com a notícia “Viveiro de mudas da Cedae terá homenagem a vítimas da Air France”. Não deixa de ser interessante que a companhia de água e esgoto do Rio de Janeiro crie um espaço para recuperação ambiental com o plantio de árvores. Imagino que muitos até possam discordar, mas me soa um tanto quanto estranho nomear 228 das pretendidas 30 mil mudas anuais com os nomes das vítimas do vôo AF 447. A notícia foi veiculada pela assessoria de comunicação da secretaria estadual de Obras cujo trabalho visivelmente não é muito interessante.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Mais uma frase de Lula

Rende comentários a frase do presidente Lula dizendo que país que acha petróleo a seis mil metros de profundidade encontra um avião a dois mil. Conhecendo o histórico de Lula e observando o seu modo de falar, não acho que ele tenha premeditado, mas a incorporação de um sindicalista burocrata lhe é mais forte e exige que se faça propaganda até em tragédias.

A frase foi infeliz por dois motivos. Por tentar fazer publicidade da dupla PT-Petrobras em hora inapropriada e principalmente pelo reducionismo e simplismo do modo de enxergar um problema hercúleo de localizar o avião no leito oceânico a profundidades de até 4 mil metros.

O resgate da caixa-preta do acidente da South African Airways, em 1987, em pleno Oceano Índico, perto das Ilhas Maurício, a 4200 metros de profundidade, no entanto, é um alento para a humanidade.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

O "bom" jornalismo da TV Bandeirantes

Ao vivo, na cobertura do desaparecimento do avião da Air France que realizava a rota Rio-Paris, a TV Bandeirantes com Datena à frente, coloca uma tarja escrito: “Avião da Air France pode ter explodido no ar”.

Segundo o manual Band de jornalismo poderia ser escrito: “Avião da Air France pode ter sido atacado por Godzilla” ou “Avião da Air France pode ter virado invisível”.

O verbo “poder” é tão vago quanto a precisão e a seriedade do jornalismo policialesco da Band.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Quanto vale uma manifestação popular de rua?

No recente episódio da morte de dois jovens no Paraná vítimas da direção de um deputado estadual embriagado traz a tona a figura das manifestações públicas. Nas ruas paranaenses passeatas pedem o fim da impunidade, na internet circulam abaixo-assinados. Em qualquer evento de maior magnitude, a esteira sempre acompanha uma manifestação de protesto ou endosso. Questiono se tais atitudes produzem algum efeito prático se não a mera verborragia midiática. Imagem para se vender na televisão. O que, aliás, temos em excesso: imagens sem depuração, sem reflexão. Confesso que sempre fujo de qualquer corrente desta espécie. Para mim sempre terão a imagem de um aglomerado vazio, de pessoas que estão ali pela mera campanha de imprensa. Política – o que temos fazemos – exige o mínimo de atenção aos acontecimentos do dia-a-dia, uma análise sobre os desejos e anseios de cada um. Política não é um ato de maneirismo pelas ruas. O que creio – infelizmente – muitos do que protestam fazem.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Morre o músico Zé Rodrix, aos 61 anos, em São Paulo

O PAPO DE POLÍTICA está de luto. Morreu na madrugada de hoje o músico Zé Rodix, aos 61 anos, em São Paulo. Ele deu entrada no Hospital das Clínicas às 00h30 e morreu apenas 15 minutos depois. Zé Rodrix era membro de um dos melhores nomes música o Sá, Rodrix e Guarabyra. Ìcone do chamado “rock rural” eles cantavam uma esteira de sucessos, como Sobradinho, Espanhola, Mestre Jonas, Casa do Campo. Após abandonar a música pelo mercado publicitário nos anos 80 e 90, Zé Rodrix retomaria o trio em 2001. A dor do PAPO DE POLÍTICA é maior, pois há menos de quinze dias estávamos em loco assistindo ao show do trio no Centro Cultural do Banco do Brasil, no Rio, em celebração ao rock rural. A esperança do retorno dos gigantes da música se cala e coloca a pergunta sobre a volta nos ombros de Sá e Guarabyra.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Google + Governo Estadual do RJ = Google + Nada

O Google Trans é uma ferramenta que disponibiliza dados sobre o transporte urbano. O usuário a partir do programa sabe quais as melhores linhas de ônibus ou metrô tomar para ir de um bairro para outro. Algo fundamental em qualquer cidade. Algo que qualquer cidade deveria ter senão on-line ao menos através de uma cartilha. Algo que a segunda maior cidade do Brasil deveria ter a desde de sempre. Acontece que o Rio de Janeiro não tem nada parecido com isso. E para solucionar o déficit – felizmente – os revolucionários americanos quiseram trazer esse sistema. Note: eles quiseram, ninguém pediu. Se eles não quisessem continuaríamos a bater cabeça.

O poder público sempre presente, ativo e participante está auxiliando o Google com os dados sobre o transporte. Ou seja, ele nunca disponibilizou porque tinha preguiça. O que mais impressiona é a fala do secretário estadual de Transportes, o cara-que-nunca-teve-que-pegar-ônibus-pois-é-milionário Julio Lopes “Eu acho que a ferramenta vai ser sensacional, este sistema vai permitir que alguém dando pontos de referência e o destino possa obter as opções de transporte com preço e combinações entre sistemas. Isto vai facilitar a integração dos transportes” Para mim, ele deixa claro que isso nunca tinha passado pela cabeça dele. Que ele acha o programa realmente revolucionário. Anos luz a frente das suas capacidade de raciocínio.

Post em homenagem a comunidade do colégio CEL, do nosso querido Júlio Lopes.

As láureas e a consciência

Quero agradecer as láureas conferidas ao PAPO DE POLÍTICA.

* O selo “Este blog é uma jóia” pelo amigo Stenio Guilherme, do Anti-Foro de São Paulo
* O prêmio Inconfidentes 2009, do companheiro Don Alejo, do blog Don Alejo Corazon.

Fico honrado em ser lembrado para tais premiações.

Entretanto, sou obrigado a não repassar e, por conseguinte, declinar as láureas justamente por discordar da regra que me permitiu ser lembrado. A necessidade de repassar o título a respectivamente, 10 e 15 blogs. Certamente, muitos internautas se esforçam para construir os melhores blogs. Ainda assim acho exagerado criar uma rede viciosa de repasse de 10 a 15 links por premiado. Nem todos – me incluo – merecem tal destaque.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Crônica do novo milênio

A despeito das múltiplas possibilidades que a Internet nos ofereceu, ela ainda não se configurou como uma revolução de conteúdo na plataforma política. Certamente, a rede pode ter trazido inúmeras figuras do anonimato ao estrelato na música, cinema e outros campos da arte, entretanto o silêncio do debate político na vida real se solidifica na internet. Apesar de centenas de blogs que teorizam, criticam, sugerem, a política na esfera virtual é uma guerrilha acéfala. Não existe um destaque, uma voz ou um site que tenha saído da internet para as ruas propondo o debate político. Temos exemplos sim de personagens populares na rede, mas cuja fama se construiu através da mídia tradicional.

Me deixa muito descrente que num momento tão inovador nas formas de comunicação o debate ideológico se alija cada vez das preocupações cotidianas. Estamos voltando a letargia sociológica pré-anos 60. Não existem sonhos, desejos, somente a vontade – quase animal – de vencer, através de um emprego que pague bem, de uma família com a mulher ou homem mais bonito e de uma casa o mais luxuosa possível. A morte dos sonhos é a morte do homem. E estamos caminhando firmes para essa destruição.

Não existe na arte, tão propagada pela internet, nenhum nome que faça a arte com um background sociológico. Nos 60, a crítica a guerra do Vietnã trouxe uma geração que queria paz e amor, nos 70 os punks não viam futuro e criticavam a alienação da sociedade. Hoje, a música serve ao elixir do fim-de-semana. Sem conteúdo, ela grita os embalos de um sábado a noite e morre depois. Por isso amigos, estou descrente. Estamos perdidos, sem rumo. Sem porquês, o nosso amanhã é ditado ao ritmo de uma mídia de massa que, mesmo com a possibilidade de revolução da internet, continua controlando tudo.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Quero meu quinhão da nova verba do governo

Foi publicado hoje, no Diário Oficial da União, a abertura de crédito extraordinário para o Ministério da Integração Nacional de R$ 300 milhões para a Defesa Civil em todo o país. Do montante R$ 220 milhões são para o socorro e assistência as pessoas atingidas por desastres e R$ 80 milhões para o restabelecimento da normalidade na região atingida.

Seguindo as palavras do vice-presidente José Alencar, estou indo para Brasília reivindicar meu real. No final de março, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, ele afirmou que a política econômica é um “desastre”. Como brasileiro, e vítima da econômica estatal, quero meu quinhão dos 220 milhões que o Lula liberou.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Considerações sobre Rául Afonsín, 1º presidente da nova democracia argentina, que morreu ontem

Nota de pesar do Presidente da República em exercício, José Alencar, pelo falecimento de Raúl Alfonsín, ex-Presidente da Argentina:



“Rául Alfonsín foi uma das figuras mais proeminentes da cena política argentina das últimas décadas. Os argentinos e os defensores da liberdade e da democracia de todos os cantos do mundo serão eternamente gratos à sua contribuição corajosa para a superação de uma das fases mais difíceis da história de seu país. Seu governo, de 1983 a 1989, proporcionou à Argentina o pleno restabelecimento dos direitos civis e garantias constitucionais. O Tratado de Paz e Amizade com o Chile foi assinado durante o seu governo, em 1985, pondo fim a um longo período de disputas. Quero expressar ao povo argentino e a seus governantes o meu sentimento de dor e de pesar pelo seu falecimento. Rául Alfonsín já faz parte da história do nosso continente.”



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Afonsín foi um dos poucos a se opor a guerra nas Malvinas, quando presidente buscou a aproximação com o Brasil de Sarney e mostrou o aparato argentino em busca da bomba atômica. Teve um governo conturbado politicamente com forte oposição peronista sofrendo quatro tentativas de golpe e três greves gerais. Abdicou a presidência seis meses antes do prazo dando lugar ao peronista eleito Carlos Menen.