sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Modo JN de fazer uma matéria

É possível noticiar a morte do locutor Lombardi sem citar a palavra SBT? É possível deixar de citar a empresa na qual trabalhava aonde marcou seu mais famoso bordão “Olá, Silvio!”? Aliás, seria possível falar do Lombardi sem pelo menos uma imagem do “patrão” Silvio Santos? O Jornal Nacional demonstrou / acha que sim. Independente de emissora, o telejornalismo mudou mesmo. Guerra é guerra. Dinheiro primeiro, informação depois.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Mal administrado, mas campeão. Que sofra e vibre o torcedor.

O site oficial do Flamengo informa que o Grêmio tinha direito a 8.000 ingressos para o jogo da 38º e última rodada do Campeonato Brasileiro, que pode dar o título ao rubro-negro carioca. O mesmo Grêmio, em nota, diz que nunca recebeu os bilhetes e, ainda que os tivesse, o regulamento do torneio determina que eles sejam vendidos somente no local da partida. Hoje, pela manhã, foram vendidos 5.000 ingressos. Eles são da cota renegada pelo time gaúcho. O que leva a pergunta óbvia: onde foram parar os outros 3.000 ingressos?

Haverá 3.000 gremistas no Maracanã domingo? Se houver, de onde eles terão comprado as entradas que o Grêmio afirmou não ter recebido? E, como podem ter sido vendidas para diversos setores do estádio se a torcida visitante SEMPRE fica confinada às cadeiras comuns?

O Flamengo é mal administrado. A sua sorte é que todos os outros não fizeram melhor esse ano. Como sempre nesse cenário, quem sofre é o lado mais fraco da corda. Esse ano, ao menos, muitos parecem não se importar com isso. Afinal, depois de 17 anos, a maior torcida do Brasil vai poder inflar os peitos e gritar: Hexa campeão! Só faltam 90 minutos.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Robin Williams perdeu a oportunidade de ficar calado

O ator Robin Williams foi infeliz, para não dizer grosseiro, ao tentar fazer uma piada com a perda da cidade de Chicago na disputa da sede das Olimpíadas de 2016 para o Rio de Janeiro.

No programa de David Letterman, exibido segunda passada (23) na televisão americana, em sua saudação inicial, ele brincou dizendo “é bom estar com a próxima Oprah hoje à noite”. A apresentadora é indicada como a mulher mais influente e rica dos Estados Unidos.

Oprah foi até Copenhagen, na Dinamarca, local da escolha da sede, como garota propaganda da candidatura americana. Ao que o ator emendou “espero que não esteja chateada com a perda das Olimpíadas. Chicago mandou Oprah e Michelle (Obama, primeira-dama americana). Brasil enviou 50 strippers e uma libra de pó (cocaína). Não é uma disputa justa.”

A platéia reagiu de modo seco, com aplausos muito contidos. Letterman continuou o riso que mantinha desde o início da fala de Williams. O ator esteve no programa para lançar o filme “Old Dogs”, além de comentar a recuperação de uma cirurgia no coração realizada em março.