sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Pequena interrogação sobre o Resgate do Desabamento

Em operações deste porte, a busca por sobreviventes em meio as toneladas de entulho, a velocidade do trabalho é retardada por um detalhe: o não uso de maquinária pesada, isto porque as retroescavadeiras pressionam ainda mais os destroços reduzindo a possibilidade de sobreviventes. Na tragédia carioca vê-se o passeio indiscriminado de tais veículos, sem, ao menos, um comentário sobre a possível viabilidade deles. A quem crê que já se passou muito tempo (48h), vale lembrar que há caso de resgate após 16 dias. Em se tratando de vidas, cautela nunca é demais.

Os centavos da discórdia II

No anoitecer fui ao Extra, antigo Sendas, mesmo inferno, do Largo do Machado. Independe ao fato, das duas marcas serem do mesmo dono, o grupo Pão de Açúcar, traz a tona o ditado: mudança de fachada. As poucas opções continuam. Entendendo um pouco de distribuição percebe-se que é um mercado limitado, voltado para  classe C, como se ela tivesse um único padrão alimentar. São poucos caixas para o grande movimento, por ser o único da região, levando a grandes filas. A opção é o Zona Sul, da praça São Salvador.

A questão de momento é esta: o troco foi de 13,67. Quanto o caixa me retornou? R$13,65. Tive que perguntar se era uma orientação da gerência (maléfica) para arredondar para baixa o troco neste tipo de situação. A caixa murmurou alguma coisa. Disse que as moedas de um centavo não são mais feitas. Não vou discutir com ela. É pura perda de tempo no último quadro do organograma. De qualquer maneira, eis que, a mesma retira uma pequena bolsa. E dela cata duas moedas de um centavo. Sim, elas existem e estão escondidas para as pessoas chatas. Fico feliz de ser uma delas.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

A nova explosão de prédio no Rio

Assim como foi o Google, quem, pela primeira vez, organizou as linhas de transporte público no Rio de Janeiro e disponibilizou os dados para pesquisa, num projeto pioneiro, que teve apenas o apoio, atrasado, do governo do Estado, é da empresa americana a foto que soluciona o mistério que permeou, durantes horas, a versão oficial da prefeitura do Rio: quantos prédios desabaram na avenida 13 de maio, no centro da cidade?

A notícia é da Globo News, foram três prédios. A foto do Google Earth não deixa dúvida.


Tendo em vista a lei municipal que proíbe estacionamento, mesas de bares, e afins sobre calçadas com bueiros, descrito assim mesmo, de forma absurdamente genérica, do vereador Rubens Andrade (PSB) sancionada pelo alcaide Dudu (PMDB), com o segundo desabamento de prédio em quatro meses será que, seguindo a lógica dos diletantes homens-públicos, eles vão proibir prédios na cidade do Rio de Janeiro?

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Os centavos da discórdia

Segundo o Banco Central, há no Brasil, exatas 3 bilhões 190 milhões 853 mil e 399 moedas de um centavo em circulção. Apesar do número, o fato é que no comércio, no dia-a-dia do brasileiro, ela sumiu. O que não deveria, mas leva o consumidor, em algumas situações, a ter dor de cabeça com a má-fé na hora do troco.

Fui ao mercado Zona Sul, numa noite, em frente ao cinema Roxy, em Copacabana. Confesso que ainda me é estranho a multiplicidade de idiomas em um mercado, para mim, de bairro. Falta um Zé das 'Coves' para legitimar o ambiente. Noves fora, foi uma rápida compra de poucos itens. O valor foi baixo, e o troco de 58 centavos. Ao sair, vi em minhas mãos, três moedas no total de 55 centavos.

É claro, que o dinheiro em si é totalmente irrelevante, do ponto de vista do indivíduo. Pela corporação, entretanto, é totalmente reprovável. Fui até o gerente, que ao dispor do texto até o momento, me surpreendeu. Foi totalmente receptivo com a situação. Pediu, no que interpretei, sinceras desculpas. Disse que a orientação é para o caixa arredondar para cima, sem prejuízo ao operador / funcionário. Ele me deu os cinco centavos da discórdia. E novamente se desculpou. Ele pediu para ver a nota para ver quem foi que proferiu o erro. De verdade, não desejo pior a ninguém. Do ponto de vista, do cidadão, do consumidor, me sinto feliz por ter feito, o que para mim, é a coisa certa.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Yakissoba de Camarão

Olhar o relógio batendo 23h de domingo, com o estômago vazio, e não ter nem teia de aranha na cozinha, é chato. Sorte que o Panda's, na esquina da Xavier da Silveira com a Barata Ribeiro, dos chineses, entrega enquanto houver cliente. Das cozinhas alhures veio um razoável Yakissoba de Camarão (R$14,00). O macarrão chinês é o mais pedido da casa. Não figura entre os melhores da cidade, mas ajuda a fome. O tuque é pedir para vir com pouco legume, senão a cozinha carrega nos vegetais de origem desconhecida. Serve 1,5 pessoa. Isso mesmo. Serve 1,5 pessoa, ou duas mulheres. De qualquer maneira, vale a pena. Principalmente, domingo à noite.

Weltenburger Kloster Anno 1050

Após alguma reflexão vejo como positiva a iniciativa de cervejarias produzirem aqui (boas) marcas tradicionais lá de fora. Por mais que siga um rigoroso controle de qualidade, para manter o padrão e o nome que carregam, não é a mesma coisa (pelo menos no status da coisa) beber uma cerveja alemã, feita na Alemanha, e uma alemã, feita no Brasil. De qualquer maneira, é uma excelente ideia para driblar os hediondos impostos que pesam na importação, e deixam mais acessível o bom sabor cervejeiro.

Da cervejaria Petrópolis, a Weltenburger Kloster, tradição desde 1050, é uma Märzenbier. É uma cerveja bonita, espuma grossa, sabor marcante. Se soubesse descrever com detalhes técnicos o faria. Limito-me a dizer que é muito boa, e surpreendeu as minhas expectativas. Levando em conta o bom preço, em torno de R$5,00,  o latão, é um nome interessante, que sobressai, na atual (irritante) modinha cerveja.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Rodízio de Pizza

A promoção soava imperdível: rodízio de pizza para duas pessoas, com um refrigerante em lata para cada, no Leblon, por R$23,50. Agendamento feito, de cupom na mão, fui até o La Mamma, velho conhecido restaurante do tradicional bairro carioca. O lugar é simples, e tem atendimento atencioso. Do gerente (dono?) aos garçons são solícitos e, até, prontos para um bate-papo sobre os assuntos da cidade.

O restaurante guarda o ar dos anos que traz, de quando as pizzarias tinha poucos sabores, a cidade tinha poucas opções de comida. De uma época, na qual ir a um bar era tomar chopp com batata frita, porque não tinha nada além disso. É simples, rústica, caseira, se preferir. Não que pizza seja prato magro, mas a de lá, em especial, não funciona em dietas. É um lugar simples, que funciona com televisão ligada, com volume, ainda que baixo. Tem pouca variedade, mas tem um atendimento que agrada. É aconchegante no sentido, família, tem bom preço, mas é limitado no quesito comida. Faça a matemática para saber se vale a pena ir.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Filminho da Madrugada

Saw VI (2009), de Kevin Greutert (EUA)

Na eterna franquia de Saw (Jogos Mortais), fora da tela, um dos poucos nomes que perpassaram todos os capítulos foi de Kevin Greutert. Editor dos cinco primeiros filmes, ele estreia na direção neste longa. Toda esta introdução serve para dizer que o filme é igual aos outros: pessoas morrem, de formas cruéis, em supostos testes. E aí esta a grande desvirtuação deste episódio. O aprendiz de Jigsaw parece não ligar para a condução dos testes, antes meramente pessoais, para que o personagem mate qualquer um. O filme perdeu sua alma. Estou esperando a oitava versão, para quem, enfim Jigsaw possa dar um jeito em tudo.

Restaurante


Fui no Armazém do Chopp, na Marquês de Abrantes, no Flamengo. Um bom ponto, com ar condicionado, para fugir do calor do fim-de-semana. Pedimos um contra-filé à gaúcha (com farofa, fritas e linguiça). Pedimos arroz à piamontese em substituição ao tradicional branco (R$57,90). Houve uma certa confusão, rapidamente resolvida, quando o garçom disse que não havia a carne pedida, e sugeriu um filé, mais uma porção de batata frita (tal como um petisco) para fechar próximo ao que queríamos. É uma sugestão absurda pelo preço, vinte reais mais caro, e, pela quantidade estrondosa de batata. Ainda bem que o maitre, atento, desfez os achamentos e confirmou o prato inicialmente desejado. Vem bem servido, até três pessoas. O ambiente vale pelo recinto refrigerado, nada comum por aquelas bandas. O preço não é muito caro, nem barato. O atendimento estava quase lá. Mas tá valendo.


Para registar, a velha tradição de pizza em casa na despedida do fim-de-semana, a igualmente tradicional pizza de Muçarela, da Parmê (R$18). Não é nem de longe a melhor da casa. Vem aumentando de preço junto com a galopante inflação da alimentação fora-de-casa. É uma pizza pão, boba. Não vale a pena gastar por ela somente. Vale mais investir um pouco e levar algum sabor mais elaborado.

domingo, 15 de janeiro de 2012

UFC 142 na Globo

Ver o UFC na Globo me faz chorar por não ter mais o Combate. Fugindo das críticas bobas, é irritante ouvir o Galvão Bueno, que, claramente, não entende patavinas do riscado.  O convidado da vez, seja o Belfort, da primeira edição, seja o Anderson, na segunda, fica eclipsado pelo gigantismo da figura televisiva. É nos poucos momentos de fala deles que a transmissão ganha algum conteúdo. É urgente para a Globo, dar voz a quem entende. E, além do mais, é chato para caramba a auto-gabação do locutor que se deslumbrou com a expressão "gladiadores do terceiro milênio" repetia a exaustão. Aff...

Ontem, a Globo transmitiu três lutas do UFC 142, o segundo no Brasil (Rio), na era moderna. O card foi fraco. É inegável. O Touquinho é bom lutador, arranjaram um adversário fraco, Mike Massenzio, para fazer a terceira principal luta da noite.  Ele encaixou uma chave de tornozelo, num cara que tentou sair dela igual a um pato. 1:03 do 1º round

O Anthony Johnson, tinha ainda que provar muita coisa, agora tem mais ainda. Não bateu peso, não lutou forte, apesar de ter fechado o olho do Vitor Belfort, que ainda assim, venceu de forma tranquila com um mata-leão. 4:49 do 1º round.

Na única grande luta do dia, José Aldo manteve o cinturão contra o até então invicto Chad Mendes. O legal é que o Aldo queria esta luta. Era o cara que ele queria bater. O brasileiro estava super concentrado, achei um pouco tenso demais. Foi posto contra as cordas, se agarrou (ilegalmente) às grades para evitar uma perigosa queda, o que faz parte. Teve dificuldade até entrar em cena o estudo do adversário. Ele sabia que o Chad iria para suas pernas. Do nada, após rodopiar para sair da pressão, ele encaixou uma joelhada no americano que já estava se abaixando para o double-leg. No replay, dá para ver o Mendes, enquanto cai, se lamentando por ver que tinha perdido a luta. Foi levar mais um soco e o nocaute. 4:59 do 1º round. Grande luta!

Somada a luta do UFC 134, em outubro, do Anderson Silva contra Yushin Okami, são quatro combates exibidos pela Globo. Estranhamente, todos encerrados no primeiro round. Juntas, as lutas somam 12 minutos e 55 segundos. Menos que três rounds de uma luta normal. Deve ter patrocinador arrancando cabelo.

Praia

Pela terceira vez, em 45 dias, o programa do dia foi praia. Agora, em compensação pelas horas sob sol fortíssimo e água hiper-gelada, estou completamente atrasado no cronograma de estudo. Alvorada no domingão para correr atrás do tempo. No Projeto Verão Rio, uma tenda montada próximo ao posto 10, em Ipanema, várias regalias: empréstimo de barraca, cadeira, shiatsu, e vários tralalás. De tudo isso, aproveitei apenas a prova de sorvete. Não consigo lembrar a marca do gelado, uma espécie de raspadinha de gelo, sabor tangerina. De graça. Estava mais gostoso ainda. (Foto: OGlobo)

Bares

Em época de muita labuta e pouco dinheiro, não resta tempo para nada. Só dá para falar de comida, porque comer todo mundo come. Ou tenta bastante.

Área querida da cidade, na confluência entre a rua Alice e Laranjeiras, no antigo habitat da Tasca do Edgar, o Boteco Sonho Lindo segue o bom estilo do boteco carioca. É o bom e velho aconchego da rua, mesmo contando com um razoável salão interior. O pedido não pode ser outro casco de Boehmia (R$7) com porção de fritas com calabresa (R$15). A comida é sempre bem servida. Às vezes, em receitas, digamos, únicas. Veja o filé aperitivo à la strogonoff. Fez boa frente (literalmente) à Tasca, do outro lado da rua.



Em Copacabana, na esquina da Miguel Lemos com a Barata Ribeiro, a Lanchonete Papillon é menos ajeitado que o supracitado de Laranjeiras. Mas é amigo da boemia. E se é amigo da boêmios, é nosso amigo. Casco de Boehmia (R$6,50) e porção de Sardinha (R$12). Vieram sete, muito bom, porque o garçom disse eram seis. Ajuda o amigo alcoólatra é bem-vindo. Preciso de férias. 

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Esfiha e Pizza

Velha conhecida da população carioca, a Rostisseria Sirio Libanesa é a vedete de qualquer cidadão quando o assunto é esfiha (R$4). Talvez a mais conhecida, saboreada e desejada do nosso vilarejo. Há mais de quatro décadas na Galeria do Condor, no Largo do Machado, é o lugar para experimentar a cozinha árabe. Neste oportunidade, em delivery, fomos apenas da esfiha de queijo e outro de carne. Deliciosas como sempre.

Importada da terra da garoa, a pizzaria Bráz começa a fazer nome entre os beira-mar. Valendo-me, somente da opção entrega em domicílio, eleita pela Veja São Paulo como a melhor por lá, da filial Jardim Botânico, experimentei a dita cuja. O interessante é que, como bom analista, não me lembro o sabor. Diria Quatro Queijos (R$52,50). A massa é grossa e a borda gorda. É uma pizza com ar rústico. Nem por isso, ou por isso, seja tão interessante.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Burger King ganha terreno: Whopper com Queijo

A chegada de novas cadeias de fast-food ao Brasil infantilizaram o McDonald's, que se limita, por aqui, a sanduíches, em geral, pequenos. O Burger King, por outro lado, aposta no poder do consumidor. É mais caro, e, em troca, apresenta sanduíches graúdos, excelentes para a hora do almoço. No restaurante da rua São José, no Centro, no mais próximo ao estilo norte-americano, é oferecido o refil do refrigerante até 30 minutos após a compra. Pedimos o Whopper com Queijo, batata grande e refrigerante médio (R$19,90). O combo vale o preço. O sujeito sai satisfeito. Até porque enquanto o McDonald's patina na qualidade das batatas mecanicamente fritas, o Burger King até o momento vai tranquilo. O Whopper é um clássico. Longe de ser a maior opção, é bem servido, com boa dose de recheio e molho. Deixa o Big Mac no escanteio. O tio Ronald agora aposta no interior, onde as opções ainda são limitadas. No grande centro, não tem como fugir da receita: importar os grandes sanduíches dos states, para a alegria da galera. Queremos o Angus Mushroom & Swiss!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Estréia Não-Oficial do Carnaval de Rua + CCBB/Índia

A estreia "não-oficial" do carnaval de rua levou muita gente, no indefinido mesmo, até a praça XV. Meio mundo dos blocos marcaram presença. Ainda assim, num clima de tranquilidade, valia mais a empolgação do momento que a presença musical no ambiente. Pairava uma certa confusão sobre onde está "wally". Não era a qualquer momento que se identificava um bloco na área. O que ajudou a criar o tradicional grupo de pessoas "ao redor". Vão para beber e papear, não necessariamente ver o que está acontecendo. Ajuda no tumulto, não na empolgação. Mas valeu, percorreu-se as ruas do Baixo Centro ao som de marchinhas, valendo um mega coro debaixo da romântica Perimetral. Foi o ponta-pé inicial. Havia muita gente vendendo cerveja e comida. Que é bom. Só não falaram para o Dudu providenciar um banheiro químico. Não tinha nenhum!

Na levada, não faltou quem desse uma passadinha no CCBB, nem que seja para ir ao banheiro. Lá estando, muitos prestigiaram a exposição sobre a Índia. Inclusive Silvia Pfeifer, que não estava nos blocos, mas estava por lá, descansando de fazer brownies, novo empreendimento da atriz. Mesmo abrangente, não acho que incorporei muita coisa sobre a cultura estrangeira. Não sei, fica para a próxima. Ou não. A Índia tem cultura milenar, rica, mas não embarquei na idéia. É um país cujos problemas me soam mais elucidativos sob o verdadeiro panorama local.

Cachoeira das Grutas

Antes da entrada do Parque Nacional da Tijuca, no Horto, começa a rápida trilha (15 minutos) até a cachoeira da Gruta, que margeia e cruza o rio Archer. Lá, numa pequena gruta, de 2 metros de extensão, caem duas paredes d'água. A primeira mais fina, a segunda mais intensa, onde ao final, fica-se encurralado no escuro sob a pressão da queda d'água. É um misto de leve apreensão com o deslumbramento da composição (até onde se sabe) natural. Fomos além, rio acima, para explorar o curso d'água. Com leves subidas sobre a formação rochosa, em menos de 10 minutos, é possível estar completamente distante da movimentação dos banhistas. Cercado pela mata, sente-se a força da floresta, que mesmo fruto de reflorestamento, caminha com pernas próprias, exibindo o potencial da natureza. Na volta, levamos um fruto do local, uma jaca. Ainda  que a jaca, em si, seja nativa do Sudoeste Asiático, no Rio ela vai muito bem, obrigado, por todos os cantos.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Bailes da Alice, Casa Rosa

Cerveja liberada. Talvez este seja o maior chamariz da humanidade. Nos Bailes da Alice, as sextas-feira na Casa Rosa, o mote vale das 23h (abertura) até às 02h, considerando a entrada de 40 reais. A dita cuja é servida em copos de 300ml saídos de gelados latões de Antártica. Como bom pobre, estava contando em dois reais cada copo. Como bom bêbado, eu perdi a conta. Acho que fui até uns 23 reais. Teve um só pela metade.

O som estava a cargo do Bloco Toca Pra Mim. Agora, refletindo acho que eles tocaram bem rapidinho. Era um som legal. Mas não durou muito. O DJ, acho que, ZédoRoque tocou algumas esquisitices, acho que para mostrar que entende de música. Isto tem muito na noite, djs que tocam coisas chatas para mostrar que estão estudando música por aí. Cara, toca o clássico. Se você descobrir algo muito bom. Toca isso também. Se não, deixa quieto no silêncio do anonimato.

A Casa Rosa é legal, mas estava para baixo por causa da chuva que insiste em marcar presenças, nos finais-de-semana, do Rio de Janeiro. Agora, cerveja liberada dá uma aliviada em tudo.

Um dia no Morro dos Cabritos

Subir uma ladeira de carro, não é nada. Subir a mesma extensa rua, a pé, com uma bicicleta a tiracolo, é outra história. Foi ali, subindo a rua Sacopã, na Lagoa, que do outro lado do monte, fica a Comunidade dos Cabritos,  no morro de mesmo nome. Queria subir ao topo dele. O caminho existe, mas a mata está fechada. Não achei prudente continuar sozinho, pela trilha desconhecida.

Da última casa da comunidade, a Rose, moradora hiper-solícita, dona de quatro cachorros, mostra ao visitante por onde continuar até uma canaleta que segura as águas da chuva. É uma subida rápida, coisa de cinco minutos, mas o mato esta cada vez mais intenso. De lá, é possível avistar a Lagoa, o Corcovado (de pertinho), Copacabana, Botafogo. É um ponto bem interessante. Que vale a volta para ir até o topo do Morro dos Cabritos.

Uma vez na comunidade, quis comer por lá mesmo, parei no Bar Maysa e Furtado. O prato do dia era Costela com Agrião (R$7). De cara, fui surpreendido com um azeite para as saladas. Mas não era um qualquer, era um 0,4%. Não é em qualquer lugar do asfalto que se vê tamanho cuidado no tempero. O prato vem cavalarmente bem servido. Um pratinho auxilar para os vegetais e afins: alface, tomate, cenoura e cebola, que ganharam a companhia do agrião, para fazer uma entrada verde. O prato principal vem transbordando. Arroz, feijão, macarrão, batata e a costela. É uma bomba deliciosa. A costela estava derretendo, bem macia. Aquilo é que é cozinha caprichada. Tudo regado por um gelado casco de Cintra (R$2,20).

Na volta, pela mesma rua da subida, valeu um downhill pelo calçamento de paralelepípedo. Cool!

Filmezinho

Love Happens (2009), de Brandon Camp (EUA)

Chega a ser surpreendente entregar nas mãos de Brandon Camp, um diretor iniciante, 18 milhões de dólares. Num país mestre em comédias românticas, com excelentes títulos anualmente, esta é a ovelha negra. Muito chato. Sorte dos produtores terem feito (bastante) lucro baseados em dois atores de peso: o bom Aaron Eckhart (a quem falta sorte para produções melhores), e a chata Jennifer Aniston (que se firma como atriz de um papel só). Quem puder não ver, não veja. Não vale o tempo, dinheiro, a experiência.

Visto no Telecine Play

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Aí meu bolso: cortei o cabelo

Não é comum na minha rotina fazer barba e cortar cabelo. Tinha passado da hora. Queria para hoje. Peguei a dica de um lugar perto do metrô Cantagalo, em Copacabana. O conjunto ia sair R$25. Só que, quando fui, o profissional estava em horário de almoço. Avistei um outro salão do outro lado da rua Barata Ribeiro. Um pouco melhor, mas nada demais. Não seria mais caro que o Red Salon (R$75) onde fui duas vezes sem gostar muito.

Perguntei se faziam barba, a atendente disse que, naquela hora, não. Quando um homem me perguntou como queria e disse que faria ele mesmo. Ótimo. Aparada a barba, perguntei se cortaria o cabelo. Sim. Perfeito. A pessoa tinha boa mão. Parecia saber o que estava fazendo. Foi rápido. Perguntei pelo nome e ele respondeu Matos. O nome do local é Matos Cabeleireiros. A surpresa veio na hora de pagar. R$80!!! Não aceitam nem crédito. No Red Salon pelo menos tem telas com esportes radicais, revistas, cerveja. Aí, meu bolso. Olhando agora no espelho, não está tudo alinhado. Eu tenho que voltar a ir nestes lugares com a minha mãe.

Dois pastéis e um casco

O Adega da Praça, na Praça São Salvador, em Laranjeiras, é o boteco como todo boteco deveria ser. Tem excelente preços, cervejas geladas e pratos fartos. Enquanto esperava o pedido, vi um grupo sendo servido um prato-feito muito bem caprichado, um belo pedaço de carne e batata-frita transbordando. Perguntei o que era e me espantei que havia custado meros R$8!

Peguei dois pastéis apenas. O de camarão e o de carne-seca (R$2,50). Me lembrou dos áureos tempo do Bar do Adão, na Grajaú. A única certeza é que tenho que voltar para pegar aquele prato-feito. A São Salvador vem se firmando como o point de uma cidade que quer ser simples, musical, amiga. Legal!

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Filme e Cupcake

The Chronicles of Narnia: The Voyage of The Dawn Treader (2010), de Michael Apted (EUA)

Último filme da trilogia de Nárnia, tem no roteiro uma fórmula batida e de sucesso: casal protagonista - no caso, os irmãos - e um coadjuvante trapalhão - o primo. Mesma linha, por exemplo, dos filmes "Mummy" e "National Treasure". Voltado ao público infanto-juvenil tem bons efeitos especiais, e um belo final. Mesmo que no caso aponte a possibilidade do quarto filme. É interessante notar que Hollywood apostou alto, bancando os cerca de U$ 150 milhões para a obra, que arrecado, em bilheteria, mais de U$ 415 milhões. Cinema não conhece crise.
(Visto no Telecine Play)


Levei para viagem o Cupcake de Tomate Seco (algo em torno de R$5,50-R$6,00) da Cups $ Co, em Ipanema. É bobinho. Talvez não seja o sabor especialidade da casa. Por ele, certamente, não vale a ida até o local. É um bolinho com gosto de queijo, recheado com pedaços de tomate seco. Se existe algo mais elaborado no salgado, meu paladar limitado não detectou. É pequeno, deixa uma vontade de comer mais um. Mas combinando preço-sabor, é necessário incrementar mais para valer elogios.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Irresponsável aumento de passagem no Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro amanheceu no primeiro dia útil de 2012 com espanto. A tarifa de ônibus municipal teve o maior aumento da história. Foi reajustada em 10%, saltando de R$2,50 para R$2,75. Como quem vai, também volta, são R$5,50 diários para o deslocamento pela cidade.

O prefeito Eduardo Paes (PMDB-RJ) tem uma gestão completamente desastrada junto às empresas de ônibus. Ele alardeou que fez a primeira licitação sobre o tema do município. Ganharam a disputa, 40 das 47 empresas já atuantes no mercado. Em contrapartida de modernizar a frota, levaram um desconto assombroso no Imposto Sobre Serviço (ISS) de 2% para 0,01%. Se antes a cada R$50 arrecadados, eles tinham que pagar um real de imposto, agora a obrigação é de meio centavo. Na introdução do sistema BRS, que visa melhorar o trânsito, ele concluiu que havia muitos ônibus nas ruas, as empresas deveriam reduzir o número da frota.
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A resolução no Diário Oficial que regulamentou o aumento também definiu a data para o reajuste anual de tarifa. É um artigo que dá medo, por que induz que sempre haverá aumento. Que é impossível uma gestão eficiente, a tal ponto de não haver inflação, quem sabe até redução da passagem. Enquanto isso, a prefeitura continua em silêncio sobre o ônibus no qual o motorista dirige e é o trocador. Ainda em 2007, este veículo atropelou 4 ciclistas, matando três. No intenso trânsito do Rio, a economia às empresas é o símbolo da nossa tragédia.
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A prefeitura criou o Bilhete Único para pegar dois ônibus pelo preço de uma passagem. Na época, o prefeito disse que população tinha que mudar de mentalidade. Que ele sempre ouvia pedidos de linhas de todos os locais para todos os bairros. Que isso era impossível, que a população tinha que apreender a fazer a baldeação. O que ninguém perguntou ao mandatário era o que a população fazia antes de ter que mudar de mentalidade se não pegar dois / três ônibus para chegar ao destino. Ninguém usava carro oficial, helicóptero ou táxi.

Resumindo, no tocante as empresas de ônibus, o prefeito licitou às empresas 20 anos de uso das linhas, praticamente aboliu a cobrança de imposto, obrigou a redução da frota e, em três anos, aumentou a tarifa em 25%, num mar de insensibilidade ao cotidiano da população. O contribuinte perdeu dinheiro e paga mais caro por isso. Qual a vantagem deste Robin Hood às avessas?