sábado, 7 de maio de 2011

Boa Bellucci!!

Foi uma semana incrível. Depois de oito anos, desde Indian Wells, em 2003, com Gustavo Kuerten, o Brasil tem um tenista entre os quatro melhores num Master Series, série de nove torneios ao todo. Em Madrid, Thomaz Bellucci continua dando os passos firmes para ser, em definitivo, o segundo melhor tenista masculino na história do esporte. Ele venceu dois Top 10, o britânico Andy Murray, número 4, e o theco Tomas Berdych, número 7. Coisa de gente grande. Antes já havia batido o local Pablo Andujar e o alemão Florian Mayer.

Hoje, ele parou frente ao gigante sérvio Novak Djokovic, que não é atoa, número 2 do ranking, atrás de Rafael Nadal, a frente de Roger Federer. Só gigantes. Bellucci atropelou num primeiro set perfeito, vencido por 6/4. E continuou jogando bem, forçando Djokovic ao seu melhor, o que não é pouco. A vitória do sérvio no segundo set por iguais 6/4, foi merecido, e suada. Na terceira parcial, o brasileiro tentou, mas ainda pecou pelo constante desânimo psicológico. O lado mental ainda não vai tão longe quanto seu talento técnico. Perdeu por 6/1.

Madrid é mais uma etapa para este brasileiro, dono de dois títulos ATP: Gstaad, na Suiça, em 2009, e Santiago, no Chile, em 2010. Hoje, quem ler os quatro melhores do torneiro verá: Nadal, Djokovic, Federer e Bellucci. Isto, de verdade, não é qualquer coisa. Na segunda, o brasileiro voltará a seu melhor ranking histórico: 22º. (Re)Igualando o feito de Thomaz Koch. Só que Bellucci, de 23 anos, ainda tem muita lenha para queimar. O futuro nos espera, e ele vem sorrindo.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Porque senhora GL Eventos? Porque Flamengo?

Nenhuma cidade do país tem um vínculo tão forte com o basquete que Franca, em São Paulo. O time local remota longas décadas. A série válida pela semifinal do campeonato brasileiro (NBB) contra o Flamengo é um dos grandes confrontos do nosso esporte. A primeira partida, nesta sexta-feira, às 21h00, no Rio de Janeiro, será no HSBC Arena, cuja gestão está a cargo da GL Eventos.

A Arena Multiuso foi construida para o jogos Pan-Americanos, no terreno do finado e saudoso autódromo, e estava para virar um elefente branco. Até que a inciativa privada se aproveitou que o poder público havia feito o favor de gastar uma fortuna com a instalação e passou a administrá-la para eventos em geral, mormente, shows e jogos de basquete. ok.

A Arena é longe, porque não é abastecida por nenhum meio transporte de massa e poucas linhas de ônibus passam por perto. Considere que o jogo acabará perto das 23h00, e conclua que não haverá meios de sair do local. Para garantir o mínimo de conforto e segurança, indo de carro, o estacionamento oficial, o único na região, a outra opção é largar o veículo com flanelas perto do evento, custa R$20,00.

O ingresso é um caso aparte: R$30,00. O local tem vários setores. Mas o valor é único. Não tem variação entre caro e barato. Tente convencer uma amiga, namorada, noiva, esposa a ir junto. Pague ambas as entradas e o estacionamento. São R$80,00. Apenas para início de conversa. O jogo terá transmissão, ao vivo, pelo Sportv. É fácil concluir, mais uma vez, repetindo as últimas temporadas, desde que o Flamengo passou a jogar no estádio, que ninguém irá.

O Franca é favorito. Ficou em primeiro lugar na fase de classificação. Após a partida no Rio, terá dois jogos em casa, numa série melhor de cinco. Tendo em vista a dificuldade do confronto, já está marcado, que se houver uma quarta partida, a segunda e última no rio, ela será no Tijuca Tênis Clube, casa histórica do rubro-negro. Local onde as entradas não passam de R$10,00 e tem farto abastecimento de transporte público.

Hoje, o torcedor do Flamengo tem que torcer contra o próprio time, para forçar a quarta partida, para poder vê-lo em ação. O HSBC arena não existe. É longe, caro, sem tradição. Saudades da Gávea, que mesmo após reforma, ainda não tem condições de receber partidas do seu dono. Viva o Tijuca. Que assistiu a boa parte da história do basquete do flamengo nas últimas décadas.