Fernando Henrique em seu livro Cartas a um Jovem Político (Alegro, 2006, 194 páginas) diz que não se deve julgar uma pessoa por seus pensamentos, mas por seus atos. A despeito das considerações do ex-presidente, faremos o oposto: vamos avaliar alguém pelos pensamentos. Não como crítica, mas como observação às intenções do Departamento de Defesa dos Estados Unidos e do quanto podemos julgá-los por estas.
O jornalista Seymour Hersh, ganhador do Pulitzer, revela no livro Cadeia de Comando (Ediouro, 2004, 398 páginas) a história do quase ataque americano ao Brasil. O ano era 2001, e os Estados Unidos acabavam de sofrer seu maior atentado terrorista. O secretário de Defesa Donald Rumsfeld, alguns dias após o fatídico 11 de setembro, pede ao general Charles Holland uma lista de alvos terroristas para retaliação imediata. “O general retornou duas semanas mais tarde com quatro possíveis alvos – fortalezas islâmicas suspeitas na Somália, Mauritânia, Filipinas e na Tríplice Fronteira, ponto onde se encontram Brasil, Paraguai e Argentina. Mas o general também disse a Rumsfeld que um ataque imediato não era possível, porque os militares não possuíam ‘inteligência acionável’ nos alvos propostos, de acordo com um consultor de Defesa. (...) Nos meses seguintes, ‘inteligência acionável’ transformou-se numa máxima ridícula entre os oficiais civis do Pentágono”.
Livramos-nos por pouco.
O jornalista Seymour Hersh, ganhador do Pulitzer, revela no livro Cadeia de Comando (Ediouro, 2004, 398 páginas) a história do quase ataque americano ao Brasil. O ano era 2001, e os Estados Unidos acabavam de sofrer seu maior atentado terrorista. O secretário de Defesa Donald Rumsfeld, alguns dias após o fatídico 11 de setembro, pede ao general Charles Holland uma lista de alvos terroristas para retaliação imediata. “O general retornou duas semanas mais tarde com quatro possíveis alvos – fortalezas islâmicas suspeitas na Somália, Mauritânia, Filipinas e na Tríplice Fronteira, ponto onde se encontram Brasil, Paraguai e Argentina. Mas o general também disse a Rumsfeld que um ataque imediato não era possível, porque os militares não possuíam ‘inteligência acionável’ nos alvos propostos, de acordo com um consultor de Defesa. (...) Nos meses seguintes, ‘inteligência acionável’ transformou-se numa máxima ridícula entre os oficiais civis do Pentágono”.
Livramos-nos por pouco.