Alguns historiadores criticam duramente o livro “Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil: Nova Edição Ampliada e Revisada”, do jornalista Leandro Narloch. Acusam de ser debochado e superficial, quando, não raro, incorreto. O livro tem, sim, um tom, muitas vezes, exageradamente, de deboche. Chega a ser patética a necessidade de Narloch de diminuir o papel de Santos Dumont na história, segundo os brasileiros. Estes historiadores não gostam desta modernidade da literatura histórica feita por não-acadêmicos, vide Eduardo Bueno e Lauretino Gomes, também jornalistas. É como se somente o historiador treinado na Academia tivesse a técnica para trabalhar os dados históricos, com a serenidade e compromisso necessário.
O que não passa de uma grande bobagem. A obra em questão trabalha situações-chave do arcabouço histórico-nacional. Índios, Negros, Monarquia, Luta Armada. É superficial? Sim. Tem pouco mais de 300 páginas. É debochado? Sim. Às vezes, até demais. Mas o grande ponto é: está errado? Este ponto nefrálgico é que urge ser respondido pelos acadêmicos incomodados. Os autores citados são campeões de bilheteria. É êxito fazer ler um país pouco afeito às letras. Ou seja, existe uma leva considerável de mentes sendo influenciadas pelas nefastas e incorretas ideias dos novos autores. O que dá a urgência para que estes historiadores se levantem e escrevam sobre os erros apontados. E acabe de uma vez a fraude que são estes livros. Por que se não, ficarão em silêncio, como estão agora, atacando a pessoa, não a idéia, e faz parecer que o que incomoda é sim tocar em pontos da história, que se faziam contar pela política, por profissionais carreiristas, com interesses outros que não a verdade.
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