quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Como Hugo Chávez tentou matar meu irmão. O medo na ditadura venezuelana.

Após a tentativa de golpe contra Hugo Chávez, em 2002, se intensificou a cassada a oposição. A divagante liberdade de protesto fora cessada. O medo fora instalado no país. A história a seguir é de uma refugiada venezuelana – que prefere manter o anonimato – no Rio de Janeiro ao PAPO DE POLÍTICA.

Já em solo brasileiro, ela soube da invasão a casa de seus pais em Caracas, em 2003. Por volta das cinco da manhã, três homens armados invadiram o condômino fechado onde viviam e dominaram os seguranças. O pai que saia para fazer sua caminha matinal foi identificado e amordaçado. Os homens o levaram a sua casa onde perguntaram por seu filho, então com 22 anos. Identificado, ele e sua mãe foram acordados e os três amarrados na sala. Um dos homens pegou sua arma e apontou para a cabeça do filho. Ele apertou o gatilho. A arma falhou. O recado estava dado. O filho havia participado de manifestações anti-chavistas nos dias anteriores. A família, com medo, não denunciou e engoliu a seco a tentativa de assassinato. O rapaz, com medo, nunca mais voltou a falar publicamente sobre política. Hoje, Caracas parece ser uma cidade mais amena. Ela na verdade vive sobre a sombra do medo da delação e da perseguição de Hugo Chavez.

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