quarta-feira, 26 de novembro de 2008

EUA: "Democracia Branca, Insular e Estreita"

PhD em política por Harvard, Roberta Johnson, professora da Universidade de São Francisco (UCF) em palestra às cabeças do Centro Brasileiro de Estudos de Relações Internacionais (CEBRI), disse que a democracia americana pré-Obama era Branca, Insular e Estreita. Para ela, o sistema político dos Estados Unidos guardava características da influência britânica do tempo das 13 colônias. A professora considerou a campanha do democrata Barack Obama “inclusiva”, uma ruptura às marcas anteriores.

Ela questionou: “porque um desconhecido homem negro com apenas dois anos de Senado ganhou a presidência de um experiente senador branco reconhecido herói de guerra?” Sua resposta: enquanto Obama personificava a idéia de mudança a um país estagnado, John McCain se atolava na conexão inevitável com o presidente George W. Bush. Roberta, contudo, lembrou que se os republicanos votassem em peso semelhante às eleições de 2000 e 2004, o resultado da eleição poderia ter sido diferente.

Um comentário:

  1. Oi amor!

    Também estive na palestra (hehehehhe) e, apesar da insistência dos convidados em
    afirmar a imparcialidade da Doutora Roberta Johnson, ficou bastante evidente que a
    palestrante era democrata. Talvez, a maior marca dessa útltima eleição americana
    tenham sido os rompantes de paixão que Obama suscitou tanto contra, quanto a seu
    favor. Roberta Johnson não me parece imune a essa "Obamania" e, apesar de justa
    nas suas colocações, não se privou de usar a expressão "O melhor homem foi eleito".

    O que me pareceu subestimado foi o fato de que Obama não consquistou os eleitores
    americanos registrados. Sua grande estratégia de marketing não conseguiu transformar
    republicanos em democratas. Em uma país de opiniões tão arraigadas e diametralmente
    opostas, isso seria uma grande feito. Na verdade, o grande apelo popular de
    sua campanha (que contou com diversas celebridades registrando eleitores e fazendo
    vídeos levemente ofensivos à McCain) se mostrou no aumento significativo de novos
    eleitores, majoritariamente entre as classes sociais mais baixas. Isso explica a
    pequena diferença de votos que Obama teve em relação à McCain e, mais ainda, prova que,
    apesar de todo o alarde, Obama não conseguiu unificar os EUA com sua política
    "inclusiva" (em seus discursos, Obama fazia questão de dizer que ouviria os democratas,
    como ouviria os republicanos, o que, no fundo, não passa de realizar bem a função para
    a qual pretendia ser, e foi, eleito).

    Enfim...tomara que a muito inteligente e simpática Roberta Johnson esteja certa
    e que Obama seja realmente o melhor homem =) .

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