quinta-feira, 26 de junho de 2008

Alemanha elimina a Turquia e vai a final da EuroCopa.

Em jogo de gente grande, alemães mostram porque são os mais vitoriosos da Europa

Na primeira semifinal da EuroCopa 2008, no estádio St. Jakob Park, na Basiléia, na Suíça, Alemanha e Turquia fizeram um jogo aguerrido. Em todo o momento as equipes buscaram o gol, sem se prender à defesa. Ainda assim, prevalecia ao espectador a máxima de que, aos alemães, lhes prevalecem a técnica, e, aos turcos, lhes valem a garra. A deficiência turca se reforçava pelos dez jogadores impossibilitados de jogar, seja por contusão ou suspensão. Durante a semana, se cogitou, inclusive, a hipótese do terceiro goleiro Tolga Zenin (Trabzonspor/TUR) ser escalado na linha. A vontade turca de igualar a histórica conquista dos seus inimigos gregos, que venceram a última EuroCopa, em Portugal, 2004, era o motor para a sua determinação abnegada.

No primeiro tempo, a Turquia impediu os alemães de jogarem. Além da forte marcação, os turcos contavam com os ataques precipitados da equipe do técnico Joaquim Löw. Os alemães insistiam em alçar a bola na intermediária para o atacante disputar a jogada com dois ou mais defensores. Além disso, a equipe forçava o jogo pela meia-direita, deixando o setor esquerdo do ataque, totalmente inoperante. A Turquia cadenciava o jogo com um bom toque de bola, e, após uma falha do goleiro Jens Lehmann (Sttugart /ALE), o atacante Ugur Boral (Fenerbahçe /TUR) fez Turquia 1x0 aos 22 minutos. Numa injustiça do futebol, quatro minutos depois, a Alemanha conquistou o empate num rápido contra-ataque. Aos 26, o meia-atacante Bastian Schweinsteiger (Bayer Munique /ALE) se infiltrou na área para tocar com categoria ao gol. 1x1 ao intervalo.

Na segunda etapa, o jogo ficou feio. As equipes cometeram mais faltas e, por pouco, a partida não entra em termos mais violentos. Ponto para o árbitro suíço Massimo Busacca, que no primeiro tempo deixara de assinalar dois pênaltis, uma para cada lado. Injustiças igualitárias, ao menos. Com o jogo truncado, a Alemanha aproveitou melhor sua técnica e virou o confronto, aos 34 minutos, com o atacante Miroslav Klose (Bayer de Munique /ALE), artilheiro da última Copa do Mundo, com cinco gols. 2x1. Mas, a Turquia, do técnico Faith Terim, nos fez aprender que não existe o impossível por três vezes no torneio. Na primeira fase, (1) no empate com a Suíça, aos 44 do segundo do tempo; no jogo da classificação para as oitavas, (2) na virada em cima da República Tcheca após estar perdendo por dois gols, com o 3x2 nos 45 da etapa complementar; e, nas oitavas, (3) ao levar o gol, da Croácia, no último minuto do segundo tempo da prorrogação, e, ainda assim, conseguir o empate, no último lance da partida, para se classificar nos pênaltis. Com todo esse histórico, o atacante Semih Senturk (Fenerbahçe /TUR), aos 41 minutos, empatou a partida. 2x2. Na vida, assim como no futebol, tem coisas que simplesmente são. A Alemanha simplesmente é a Alemanha. Maior finalista das Copas do Mundo, três vezes melhor do planeta, três vezes melhor da Europa, isto não é de graça. Apagado durante a partida, saiu dos pés do lateral-direito Philipp Lahm (Bayer de Munique /ALE), no último minuto regulamentar, o gol que colocou os alemães em mais uma final de EuroCopa. Por 3x2, a Alemanha provou que ainda é a Alemanha.

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