Em jogo de gente grande, alemães mostram porque são os mais vitoriosos da Europa
Na primeira semifinal da EuroCopa 2008, no estádio St. Jakob Park, na Basiléia, na Suíça, Alemanha e Turquia fizeram um jogo aguerrido. Em todo o momento as equipes buscaram o gol, sem se prender à defesa. Ainda assim, prevalecia ao espectador a máxima de que, aos alemães, lhes prevalecem a técnica, e, aos turcos, lhes valem a garra. A deficiência turca se reforçava pelos dez jogadores impossibilitados de jogar, seja por contusão ou suspensão. Durante a semana, se cogitou, inclusive, a hipótese do terceiro goleiro Tolga Zenin (Trabzonspor/TUR) ser escalado na linha. A vontade turca de igualar a histórica conquista dos seus inimigos gregos, que venceram a última EuroCopa, em Portugal, 2004, era o motor para a sua determinação abnegada.
No primeiro tempo, a Turquia impediu os alemães de jogarem. Além da forte marcação, os turcos contavam com os ataques precipitados da equipe do técnico Joaquim Löw. Os alemães insistiam em alçar a bola na intermediária para o atacante disputar a jogada com dois ou mais defensores. Além disso, a equipe forçava o jogo pela meia-direita, deixando o setor esquerdo do ataque, totalmente inoperante. A Turquia cadenciava o jogo com um bom toque de bola, e, após uma falha do goleiro Jens Lehmann (Sttugart /ALE), o atacante Ugur Boral (Fenerbahçe /TUR) fez Turquia 1x0 aos 22 minutos. Numa injustiça do futebol, quatro minutos depois, a Alemanha conquistou o empate num rápido contra-ataque. Aos 26, o meia-atacante Bastian Schweinsteiger (Bayer Munique /ALE) se infiltrou na área para tocar com categoria ao gol. 1x1 ao intervalo.
Na segunda etapa, o jogo ficou feio. As equipes cometeram mais faltas e, por pouco, a partida não entra em termos mais violentos. Ponto para o árbitro suíço Massimo Busacca, que no primeiro tempo deixara de assinalar dois pênaltis, uma para cada lado. Injustiças igualitárias, ao menos. Com o jogo truncado, a Alemanha aproveitou melhor sua técnica e virou o confronto, aos 34 minutos, com o atacante Miroslav Klose (Bayer de Munique /ALE), artilheiro da última Copa do Mundo, com cinco gols. 2x1. Mas, a Turquia, do técnico Faith Terim, nos fez aprender que não existe o impossível por três vezes no torneio. Na primeira fase, (1) no empate com a Suíça, aos 44 do segundo do tempo; no jogo da classificação para as oitavas, (2) na virada em cima da República Tcheca após estar perdendo por dois gols, com o 3x2 nos 45 da etapa complementar; e, nas oitavas, (3) ao levar o gol, da Croácia, no último minuto do segundo tempo da prorrogação, e, ainda assim, conseguir o empate, no último lance da partida, para se classificar nos pênaltis. Com todo esse histórico, o atacante Semih Senturk (Fenerbahçe /TUR), aos 41 minutos, empatou a partida. 2x2. Na vida, assim como no futebol, tem coisas que simplesmente são. A Alemanha simplesmente é a Alemanha. Maior finalista das Copas do Mundo, três vezes melhor do planeta, três vezes melhor da Europa, isto não é de graça. Apagado durante a partida, saiu dos pés do lateral-direito Philipp Lahm (Bayer de Munique /ALE), no último minuto regulamentar, o gol que colocou os alemães em mais uma final de EuroCopa. Por 3x2, a Alemanha provou que ainda é a Alemanha.
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