segunda-feira, 30 de junho de 2008

Basquete Masculino: Brasil vence a segunda na série amistosa contra a Venezuela.

No Maracanãzinho, seleção se despede e prepara o embarque para o Pré-Olímpico.

Na noite de sexta-feira, a Seleção masculina de basquete venceu a segunda e última partida na série amistosa contra a Venezuela. O confronto foi a despedida da seleção, que embarca na próxima semana para a Grécia, dando início a fase final de preparação para o Pré-Olímpico. Desde a aposentadoria da Seleção do Mão Santa, Oscar Schmidt, o Brasil não disputa uma Olimpíada. A última foi em Atlanta, em 1996. A esperança sobre a geração que colocou mais jogadores na NBA se transformou em desilusão quando os atuais três brasileiros da Liga Norte-Americana pediram dispensa por contusão. Além deles, outros dois atletas se afastaram por motivos pessoais ou físicos. Enfraquecida, a Seleção que jogou contra a Venezuela e que tentará o feito histórico no Pré-Olímpico na Grécia jogará contra o derrotismo e a desesperança do público brasileiro, e na última sexta, mostrou que ainda falta entrosamento e confiança dos jogadores para se poder pensar o contrário.

Por 84x61, o Brasil derrotou a Venezuela num sonolento amistoso. O público presente ao estádio do Maracanãzinho pareceu entrar no clima aéreo do confronto. A torcida mostrou-se apática em relação ao jogo apresentado. Em quase a totalidade da disputa, reinava um silêncio da arquibancada. Silêncio não, o murmurinho de quem aproveitava a ocasião para colocar o papo em dia. Nem a descontextualizada torcida organizada trazida pela patrocinadora da Confederação de Basquete mudou o panorama. Ao contrário, o grupo de cerca de cem pessoas gritava totalmente alheio ao que se passava em quadra. Não importavam se o lance era para o Brasil ou não, eles estavam em seu próprio mundo fazendo suas brincadeiras e palhaçadas. Chegando a irritar quem tentava pacificamente assistir ao jogo.

A seleção jogava como se fosse ganhar a qualquer hora. O que não deixava de ser verdade. Ainda assim, a nenhuma equipe do mundo sem títulos para por na mesa é permitido tal atitude esnobe. Tanto foi que o Brasil perdeu o segundo quarto de partida (o único nos dois confrontos) por 20x19. No mais, o amplo domínio verde e amarelo prevaleceu. No Brasil, do técnico espanhol Moncho Monsalve, o destaque foi o ala/armador Alex Garcia (Maccabi Tel Aviv /ISR) com 13 pontos e 5 rebotes. O armador Marcelo Huertas (Bilbao /ESP) foi cestinha da partida com 16 pontos. Além de Huertas, o ala/armador Marcelinho Machado (Flamengo/Petrobrás), com 13 pontos, e o ala Jonathan Tevarnari (Brigham Young University /EUA), com 12, figuram como os cestinhas da equipe.

Os pivôs Murilo, Baby e Batista também tiveram boa atuação. Murilo Becker (Maccabi Tel Aviv/ ISR), com 8 pontos e 7 rebotes, Rafael “Baby” (Spartak St. Petersburg /RUS), com 7 pontos e 7 rebotes, e JP Batista (Barons de Riga /LET), com 4 pontos e 8 rebotes, mostraram a força do garrafão brasileiro. Na partida anterior, o também pivô Tiago Splitter (Tau Cerâmica /ESP) marcou um double double com 20 pontos e 10 rebotes. Segurança no garrafão e destreza no ataque, uma ótima combinação para levar o Brasil de volta ao sonho olímpico, a Pequim.

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