quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

O que restou do Haiti

Num lugar onde falta tudo, o terremoto no Haiti destruiu o que restava. Derrubou torres de telefonia, destruiu postos de atendimento, bloqueou ruas, e não deixa hospitais operáveis. Faltam água, comida, remédio, pessoal e equipamentos. 11 militares do Brasil morreram. A 12º vítima, a única civil, Zilda Arns é a mãe da Pastoral da Criança.

Em 2006, ela foi considerada para receber o prêmio Nobel da Paz. Ela e a Pastoral são constantemente lembrados e laureados mundialmente pelo trabalho em prol da assistência à criança.

O Haiti tem 80% da população vivendo com menos de 2 reais por dia, e mais de 50% da população analfabeta. Tem uma área similar a do estado de Alagoas, 27 mil km2, e 9 milhões de habitantes, pouco menos que o Paraná.

A missão de paz da ONU no Haiti, MINUSTAH, em atividade desde junho de 2004, tem na liderança cedida ao Brasil uma vedete da política externa do atual governo. Ao ponto de levarmos a seleção brasileira para um amistoso contra a seleção local. À época, o primeiro-ministro haitiano ofereceu mil dólares para quem marcasse um gol na partida perdida por 6x0.

Em dezembro de 2009, a MINUSTAH contava com um efetivo de 9.057 pessoas entre policiais e tropas de 47 países. O Brasil lidera com 1.273 homens e 7 mulheres. Logo seguido pelo pequeno Nepal com 1.236 pessoas, o Uruguai com 1.136 e a Jordânia com 1.062.

Os olhos do mundo, aparentemente, se voltam, momentaneamente, para o Haiti, enquanto o país é mais uma vez devastado por mais uma tragédia natural. Enquanto se fala em 100 mil mortos, 1% da população, quase 2 milhões de pessoas se fosse no Brasil, não se encontra palavras para descrever a barbárie que tomou o país.

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