O Rio de Janeiro amanheceu no primeiro dia útil de 2012 com espanto. A tarifa de ônibus municipal teve o maior aumento da história. Foi reajustada em 10%, saltando de R$2,50 para R$2,75. Como quem vai, também volta, são R$5,50 diários para o deslocamento pela cidade.
O prefeito Eduardo Paes (PMDB-RJ) tem uma gestão completamente desastrada junto às empresas de ônibus. Ele alardeou que fez a primeira licitação sobre o tema do município. Ganharam a disputa, 40 das 47 empresas já atuantes no mercado. Em contrapartida de modernizar a frota, levaram um desconto assombroso no Imposto Sobre Serviço (ISS) de 2% para 0,01%. Se antes a cada R$50 arrecadados, eles tinham que pagar um real de imposto, agora a obrigação é de meio centavo. Na introdução do sistema BRS, que visa melhorar o trânsito, ele concluiu que havia muitos ônibus nas ruas, as empresas deveriam reduzir o número da frota.
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A resolução no Diário Oficial que regulamentou o aumento também definiu a data para o reajuste anual de tarifa. É um artigo que dá medo, por que induz que sempre haverá aumento. Que é impossível uma gestão eficiente, a tal ponto de não haver inflação, quem sabe até redução da passagem. Enquanto isso, a prefeitura continua em silêncio sobre o ônibus no qual o motorista dirige e é o trocador. Ainda em 2007, este veículo atropelou 4 ciclistas, matando três. No intenso trânsito do Rio, a economia às empresas é o símbolo da nossa tragédia.
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A prefeitura criou o Bilhete Único para pegar dois ônibus pelo preço de uma passagem. Na época, o prefeito disse que população tinha que mudar de mentalidade. Que ele sempre ouvia pedidos de linhas de todos os locais para todos os bairros. Que isso era impossível, que a população tinha que apreender a fazer a baldeação. O que ninguém perguntou ao mandatário era o que a população fazia antes de ter que mudar de mentalidade se não pegar dois / três ônibus para chegar ao destino. Ninguém usava carro oficial, helicóptero ou táxi.
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A prefeitura criou o Bilhete Único para pegar dois ônibus pelo preço de uma passagem. Na época, o prefeito disse que população tinha que mudar de mentalidade. Que ele sempre ouvia pedidos de linhas de todos os locais para todos os bairros. Que isso era impossível, que a população tinha que apreender a fazer a baldeação. O que ninguém perguntou ao mandatário era o que a população fazia antes de ter que mudar de mentalidade se não pegar dois / três ônibus para chegar ao destino. Ninguém usava carro oficial, helicóptero ou táxi.
Resumindo, no tocante as empresas de ônibus, o prefeito licitou às empresas 20 anos de uso das linhas, praticamente aboliu a cobrança de imposto, obrigou a redução da frota e, em três anos, aumentou a tarifa em 25%, num mar de insensibilidade ao cotidiano da população. O contribuinte perdeu dinheiro e paga mais caro por isso. Qual a vantagem deste Robin Hood às avessas?
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