terça-feira, 23 de março de 2010

Orgulho de ser Samba-Jazz

RIO DE MÚSICA se permitiu, graças a contatos no ramo financeiro, e pagou os três reais da meia-entrada para assistir, privilegiado, ao show do Samba-Jazz Trio em ilustre companhia do gaitista Maurício Einhorn. Não há palavras para descrever o swing, a malemolência, a cadência e habilidade da perfomance. O Trio é formado por músicos que não economizaríamos papel em enciclopédia para descrever. Tendo tocado com todos os possíveis mestres e discípulos da Música Popular Brasileira: Kiko Continentino, no piano; Luiz Alves, no contrabaixo acústico e Clauton “Neguinho” Sales, na bateria e trompete, sim simultaneamente, com graça e harmonia, representam a nata da categoria no país. Sorte de quem pode vê-los todos os sábados, de graça, do 12h às 16h, na Modern Sound, em Copacabana.

O Brasil ainda se descobria bom no futebol nos idos dos anos 50 quando Maurício Einhorn descobria a graça da gaita. Dado que, hoje, espirituoso, faz graça com o número de “saudosos” citados no show. Todos, parceiros que já partiram, mas que permanecem vivos na música. Caso dos parceiros Durval Ferreira, em “Tristeza de Nós Dois”, “Curta Metragem”, “Adivinha”, e Arnaldo Costa, em “Sarro”. A título de curiosidade, Tristeza foi composta em 1957 e somente no ano seguinte ganhou a letra de Bebeto Castilho.

Samba Jazz Trio fez homenagem a Johnny Alf, morto mês passado, com a música “Fim de semana em Eldorado”. Ainda tocaram “Muito à vontade”, “Agora Sim”, “Love Vibrations” e um belíssimo arranjo de obras de Villa-Lobos e Luís Gonzaga. A tarde, dentro do programa Almanaque do Samba Jazz, neste mês de março, no Centro Cultural do Banco do Brasil, foi um ode a música brasileira com verdadeiros mestres em cartaz.

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