quarta-feira, 24 de março de 2010

Um "trombone" mineiro no piano do CCBB

O técnico do Flamengo, o mineiro Andrade, tem o apelido de “trombone” pela recheada voz grave. Quem estivesse de olhos fechados poderia dizer que era o técnico e não o conterrâneo pianista Marcio Hallack na apresentação desta quarta-feira, no projeto Musica no Museu, no Centro Cultural Banco do Brasil.

Vencedor em 2002 e 2007 do premio Instrumental Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, ele convidou para algumas músicas os saxofonistas Nivaldo Ornelas e Ricardo Serpa e o baixista Rômulo Duarte. Apenas Serpa e Duarte tocaram juntos no palco.

Hallack começou introduzindo um novo compositor em seu repertório com uma bela música do ucraniano Nikolai Kapustin. Seguiu passeando por “Segura ele” de Pixinguinha, “Odeon” e “Apanhei-te Cavaquinho” de Ernesto Nazareth e “Susto” de Hermeto Pascoal. Hallack tocou músicas próprias como a linda “De Manhã” do CD homônimo, indicado ao prêmio TIM, e a animada “Pra Jojô”, do mesmo álbum. E, ainda fez uma homenagem a Milton Nascimento com a música “Milagre dos Peixes”.

Ainda antes da apresentação, Hallack se incomodou de tocar de costas para o público. RIO DE MÚSICA acompanha o problema que pode, dependendo da disposição do piano, colocar o músico ou escondido atrás do instrumento ou, se de lado, invisível a parte da platéia. Se de costas, ao menos, todos do público pode vê-lo em ação, com suas mãos e pés acionados sobre o belíssimo Steinway & Sons preto do CCBB.

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