Brasil adere ao Conselho Sul-Americano de Defesa e coloca em xeque sua política externa
A União Sul-Americana de Nações (UNASUL) aprovou, hoje, na Costa do Sauípe, o Conselho Sul-Americano de Defesa que nas palavras do ministro das Relações Exteriores Celso Amorim visa incentivar a cooperação militar na região. O Conselho é formado por doze países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.
A cada ano, a revista inglesa The Economist realiza um ranking avaliando o nível de democracia no mundo. Em 2008, foram considerados 167 países. Dentre os participantes do Conselho de Defesa, o Brasil ficou em terceiro atrás de Uruguai e Chile. Equador e Venezuela têm a pior classificação ,entre as nações híbridas, cujo regime é muito próximo ao autoritarismo. Considerando os orçamentos militares, o Brasil tem sozinho gastos maiores que todos os outros onze países juntos.
Se pode considerar que o Brasil queira se juntar a países menores e com menos poder de investimento para liderar a região. Afinal a reunião que selou o Conselho está sendo realizada no país, na Bahia. Mas considerando que dois países, Equador e Paraguai, vêm para o encontro num momento em que se recusam a pagar dívidas com o Brasil cabe a pergunta: a quem interessa se aliar com países sem expressão política, são menos democráticos, e econômica, não tem capacidade de investir em seus exércitos?
Nenhum comentário:
Postar um comentário