
Mais do que um retrato do sistema educacional, Entre os Muros da Escola (Entre les murs – FRA - 2008) exibe a tensa colcha de retalhos que constitui a atual sociedade francesa. Baseado no livro homônimo de François Bégaudeau, que também atua em seu papel como professor diante uma turma desinteressada, foi o primeiro filme francês desde 1987 a vencer a Palma de Ouro, em Cannes.
O diretor Laurent Cantet buscou trabalhar com elenco de não-atores e conseguiu por meio disso uma intensidade latente entre estudantes, pais e professores. Todos frutos das mais diversas origens étnicas o que leva a dificuldade de comunicação não só cultural mas inclusive lingüística, nem todos falam francês. Causa inclusive estranheza as semelhanças rebeldes de jovens franceses, brasileiros e, de onde possamos imaginar, pela repulsa e ojeriza a instituição escolar.
O filme ganha por não querer apontar direções. Ele se limita a dizer que tem coisa errada por aí. (Spoiler) Numa cena, o professor de história sugere um livro para a aula de francês coerente com sua matéria: Iluminismo. Baseado no comportamento em sala, o professor Marin (Bégaudeau) acha tudo muito complexo para os alunos e acaba lhes pedindo a leitura do Diário de Anne Frank. Ao final do ano, ele descobre que uma de suas alunas leu, por conta própria, A República, de Platão. No meio onde ninguém se entende cabe a sociedade do extra muro se questionar o que ela quer que mude.
O diretor Laurent Cantet buscou trabalhar com elenco de não-atores e conseguiu por meio disso uma intensidade latente entre estudantes, pais e professores. Todos frutos das mais diversas origens étnicas o que leva a dificuldade de comunicação não só cultural mas inclusive lingüística, nem todos falam francês. Causa inclusive estranheza as semelhanças rebeldes de jovens franceses, brasileiros e, de onde possamos imaginar, pela repulsa e ojeriza a instituição escolar.
O filme ganha por não querer apontar direções. Ele se limita a dizer que tem coisa errada por aí. (Spoiler) Numa cena, o professor de história sugere um livro para a aula de francês coerente com sua matéria: Iluminismo. Baseado no comportamento em sala, o professor Marin (Bégaudeau) acha tudo muito complexo para os alunos e acaba lhes pedindo a leitura do Diário de Anne Frank. Ao final do ano, ele descobre que uma de suas alunas leu, por conta própria, A República, de Platão. No meio onde ninguém se entende cabe a sociedade do extra muro se questionar o que ela quer que mude.
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