Não confio em Benedita da Silva para gerir almoços populares a preços exorbitantes

A cargo da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do estado do Rio de Janeiro foi inaugurado, hoje, o 65º restaurante popular do Brasil, no bairro de Irajá, na cidade do Rio. A frente da Secretaria, Benedita da Silva está encarregada de organizar a distribuição de refeições ao custo de 50 centavos o café-da-manhã e 1 real o almoço. Em contrapartida, o governo subsidiará o café com outros 89 centavos e o almoço com R$4,15. Ou seja, uma refeição simples de arroz, feijão, alface, “ki-suco” e gelatina está custando R$5,15.

Benedita foi afastada do governo federal por suspeita de mal-uso do dinheiro público. Há quem tenha visto nisto racismo vide artigo de Maurício Pestana na revista Raça “Bastou apenas uma suspeita de uma viagem para orar com dinheiro público, para que (...) fosse banida do governo e quase da vida pública brasileira (...) posição muito diferente da adotada com os vários brancos”. Não me considero racista, longe disso. Mas não confio em Benedita para gerir almoços populares a preços exorbitantes.

Tendo em vista o custo de R$2 milhões na construção do restaurante, defendo que o governo crie o Bolsa McDonald’s. Não precisa construir nada, e a refeição tem um alto teor calórico-protéico para ser a única refeição do dia de muita gente. Confio que qualquer brasileiro com R$4,15 na mão é capaz de ser fornecer uma refeição melhor que a patrocinada pelo Estado.