segunda-feira, 30 de março de 2009

O vice José Alencar e o anti-político

Observar o discurso do vice-presidente nas cerimônias das quais participou, hoje, em São Paulo, como presidente em exercício é perceber sua total distância com as ações do governo. Não que ele jogue para a oposição, mas se coloca como um torcedor somente, um agente distante. Jamais se refere como presidente. Diz que em seis anos e meio “não fez nada”. É difícil imaginar um político dizer que não fez nada em seu mandato.



Ele comenta as decisões de Lula, aplaude o ministro. É um corpo externo àquele jogo. Por isso fica complicado imaginar e justificar sua presença no meio. Ainda que o vice-presidente não atue de forma decisiva, não é de se esperar que fique apático. Observador, um comentarista. Que não se use a desculpa de sua saúde. Um país de 200 milhões de habitantes torce por Alencar, porém não pode ficar a sua espera. Alencar por mais que se ouça elogios a sua pessoa está na berlinda. Ou atua como um político, o vice do cargo mais importante do país, ou renuncia e se dedica ao comentarismo político ou ao retorno ao cargo de senador por Minas Gerais.

Um comentário: