sexta-feira, 20 de março de 2009

Galeão X Santos Dumont, a guerra no céu do Rio de Janeiro

Em visita técnica, na Associação Comercial Rio de Janeiro (ACRJ), a Comissão de desenvolvimento econômico, indústria e comércio da Câmara dos Deputados debateu a abertura do aeroporto Santos Dumont para vôos além do eixo Rio – São Paulo.

Os representantes da ANAC defenderam o livre arbítrio das empresas do setor aéreo de escolher a melhor alocação de suas linhas. Eles lembraram os artigos 48 e 49 da lei de criação da entidade que prevê a liberdade operacional e tarifária das empresas. A favor da medida, a ANAC diz que isso não compromete a conectividade do aeroporto internacional Antônio Carlos Jobim, o Galeão, que continuaria recebendo, ainda que em menor proporção, vôos de outros estados para realizarem conexões na cidade com destinos internacionais. Foi lembrado que com a saturação aérea em São Paulo, o Rio de Janeiro é a primeira opção para as conexões exteriores. A abertura do Santos Dumont vem sendo pedida pelas empresas do setor aéreo e é uma demanda do empresariado que realiza viagens de negócios.

Em contrapartida, o governo do Estado alega que, em um momento de crise, deve-se concentrar os vôos em um único aeroporto para fortalecê-lo como referência internacional. A concorrência dos aeroportos geraria o enfraquecimento aéreo, pois o passageiro de outro estado deixaria de utilizar a cidade como ponte para o exterior com as linhas partindo de lugares distintos. O Rio perderia seus vôos internacionais. O representante da Infraero, gestor do Galeão, José Wilson Massa, lembrou que o aeroporto está em obras para receber 15 milhões de passageiros/ano e tem capacidade futura para até 50 milhões/ano. O coro do governo estadual, nesse sentido, é que o Santos Dumont com apenas uma pista, de 1,3 km, em operação total está saturado. O Galeão, por sua vez, com duas pistas de 4,2 km e 3,1km ainda teria área para a construção de uma terceira via.

Às 19h, desta sexta-feira, um avião da Azul Linhas Aéreas, vindo de Campinas, inaugura esta nova fase do aeroporto Santos Dumont.

Um comentário:

  1. Não entendo de "política aérea",mas creio que vários vôos devem ser dirigidos ao Santos Dumont, sem prejuízo no movimento do Galeão.
    Por exemplo, qualquer pessoa que venha de uma cidade brasileira para conexão internacional utilizaria o Galeão(mantendo rotas nacionais).

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